Sociedade: Igreja tem de responder com «valores humanistas» à xenofobia e ao racismo

Eugénia Quaresma explica que «preocupação é trabalhar o cidadão»

Fátima, 13 ago 2018 (Ecclesia) – A diretora da Obra Católica Portuguesa das Migrações (OCPM) manifestou preocupação com o aumento de movimentos e partidos xenófobos na sociedade e afirmou que na “Igreja é preciso dar resposta” através de um trabalho com os cidadãos.

“[A nossa preocupação] é trabalhar o cidadão para que reconheça naquele que tem ao lado uma pessoa e com direitos, para que trabalhe para melhorar a sociedade e não se sinta tão ameaçado”, adiantou Eugénia Quaresma, este domingo, na apresentação da Peregrinação Aniversária de 12 e 13 de agosto a Fátima e a Peregrinação Nacional do Migrante e Refugiado.

Para a diretora da OCPM, na Igreja é preciso “combater por dentro”, uma vez que, o crescimento dos partidos radicais e extremistas partem da “eleição dos cidadãos”, por isso, sublinha que “há um trabalho a fazer a esse nível e essa é a preocupação”.

Segundo a responsável “existe muita xenofobia e racismo” nas redes de comunicação social que “preocupa” mas “não é uma hostilidade explicita, cara a cara”.

“A nível da Igreja é preciso dar uma resposta, temos valores humanistas que nos obrigam a olhar para dentro da pessoa independentemente da cor da pele”, afirmou.

Eugénia Quaresma lembrou que os portugueses na diáspora também “sentem hostilidade”, como se lê na história da OCPM, por isso, xenofobia e racismo não é “só uma questão da cor da pele” mas “uma questão de estrangeiro”.

Neste domingo, teve início a Semana Nacional de Migrações 2018, com o tema ‘Cada forasteiro é ocasião de encontro – Migrantes e refugiados no caminho para Cristo’, que termina a 19 de agosto com uma jornada de solidariedade nas paróquias que reverte para a Obra Católica Portuguesa das Migrações.

CB

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