Trabalho: «Porquê poucos com tanto e muitos com tão pouco?», questiona Movimento Mundial dos Trabalhadores Cristãos

Organismo defende «sociedade mais justa» para todos

Lisboa, 02 mai 2017 (Ecclesia) – O Movimento Mundial dos Trabalhadores Cristãos marcou o Dia do Trabalhador (1 de maio) com a defesa de “uma sociedade mais justa, uma economia igualitária” e de um “trabalho digno” para todos.

“Porquê poucos com tanto e muitos com tão pouco, meu Deus? Se o mundo de alguma forma é de todos”, questiona aquele organismo, numa mensagem internacional “subscrita na íntegra” pela Liga Operária Católica – Movimento dos Trabalhadores Cristãos em Portugal.

Para o MMTC, criado há 50 anos, é fundamental continuar a erguer a voz contra todo o tipo de “discriminação inaceitável” no mundo laboral e social.

Ao mesmo tempo, os trabalhadores cristãos querem continuar a prestar atenção às dificuldades de quem se sente “desanimado” perante a vida, seja por causa do “desemprego, das crises económicas, políticas” ou até de “autoestima”.

“Quantos dos nossos companheiros e companheiras do mundo trabalho se suicidaram, morreram pelas condições péssimas de trabalho, foram retirados das suas atividades, por doenças como a depressão e tantas outras ou porque as máquinas os substituíram”, lamenta o MMTC, que está aposto em continuar também a ser fonte de esperança para todos.

“Apesar do cansaço que nos toca, por sabermos que somos explorados por esse sistema que nos maltrata, não podemos deixar de acreditar que a vida vai melhorar”, salienta aquele organismo católico.

O MMTC surgiu em 1966 e reúne atualmente mais de 70 organizações espalhadas por quatro continentes, entre as quais a Liga Operária Católica – Movimento dos Trabalhadores Cristãos em Portugal.

A LOC/MTC é um movimento nacional, que teve a sua origem nos primeiros Círculos Católicos de Operários, a partir de 1912.

Em 1936, com a criação da Ação Católica Portuguesa, aquela estrutura transformou-se na Liga Operária Católica, em representação do setor operário adulto do meio trabalhador.

No ano de 1974, após o 25 de Abril, teve lugar a unificação dos ramos masculino e feminino da Liga Operária Católica e em 1998, com o objetivo de tornar a organização mais abrangente, juntou-se a designação ‘Movimento de Trabalhadores Cristãos’ à denominação original.

JCP

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