Jornadas de Estudos Teológicos debatem relação entre «Sinodalidade, Colegialidade, Ministério de Pedro»
Lisboa, 27 fev 2014 (Ecclesia) – O arcebispo de Braga, D. Jorge Ortiga, considera que a pastoral em conversão deve “ser descoberta em modo sinodal” e é necessário “uma reconfiguração da Igreja” onde os cristãos entrem “em jogo”
Falando nas jornadas de estudos teológicos, a decorrer na Universidade Católica Portuguesa (UCP), em Lisboa, até sexta-feira, D. Jorge Ortiga disse que os cristãos têm de ser mais interventivos, tanto na “participação, opinião e reflexão”.
O contributo destes é essencial para a descoberta de “caminhos novos, nas áreas que a Igreja tem de enfrentar”, frisou à Agência ECCLESIA.
Na mesa redonda em que participou – ‘Lugares da sinodalidade, hoje’ – o arcebispo de Braga sublinhou que os momentos “de grandes controvérsias” na história da Igreja foram espaços de “discernimento colegial”.
Esta actividade, promovida pela Faculdade de Teologia da UCP e subordinada ao tema ‘Imaginar a Igreja – Sinodalidade, Colegialidade, Ministério de Pedro’, teve o seu início esta quarta-feira onde Alphonse Borras, teólogo belga, falou sobre ‘Expressões da sinodalidade a partir do II Concílio do Vaticano’.
Ao promover-se “a sinodalidade da Igreja local”, o bispo diocesano “só tem benefícios” com as propostas lançadas, referiu à Agência ECCLESIA Alphonse Borras.
Para D. Jorge Ortiga “não é possível imaginar a Igreja do futuro sem sínodos diocesanos” porque os “órgãos de participação e colegiais” são algo essencial.
“A Igreja ou é comunitária ou não tem razão de ser”, acrescentou o arcebispo de Braga.
Na reflexão sobre ‘Que há a esperar dos sínodos diocesanos?’, o cónego Bonifácio Bernardo, coordenador do sínodo da Diocese de Portalegre – Castelo Branco, realça que estes acontecimentos nas dioceses vão “apresentar uma igreja com um rosto diferente”.
O contributo dos cristãos “é essencial” para o “novo rosto” da Igreja que deverá “estar cada vez mais atenta e mais próxima das pessoas”, referiu.
As jornadas vão contar com as reflexões de Salvador Pié-Ninot, professor de Teologia Fundamental e de Eclesiologia na Faculdade de Teologia da Catalunha.
LFS