Professora no Rio Janeiro falou na Universidade Católica Portuguesa, em Lisboa, sobre «O futuro do cristianismo – Num mundo em mudança», no ciclo de conferências «Futuros Globais»
Lisboa, 23 mar 2018 (Ecclesia) – A teóloga brasileira Maria Clara Bingemer disse, esta quinta-feira, na Universidade Católica Portuguesa (UCP), em Lisboa, que o mundo “não é Deus, mas também não é uma potência hostil a Deus”.
Na conferência sobre «O futuro do cristianismo – Num mundo em mudança», integrada no ciclo «Futuros Globais», a teóloga da Universidade Católica do Rio de Janeiro (Brasil) realça que o “mundo fala daquele que o criou” e “a criatura humana é responsável por este, devendo administra-lo responsavelmente e não destruí-lo”.
“A secularização, certamente, foi de grande valia para que no século XX, um teólogo da estatura de Karl Rahner (1904-1984) e outros pudessem afirmar como base da compreensão da história que não existem duas histórias: uma transcendente e outra profana”, sublinhou Maria Clara Bingemer na conferência realizada no auditório cardeal Medeiros na UCP.
Na preleção, integrada nas comemorações dos 50 anos da UCP, a teóloga salienta que a história cronológica “onde se debate a humanidade, construindo o presente e desejando o futuro é já e desde agora uma história de salvação”.
Com várias obras publicadas no domínio teológico, Maria Clara Bingemer afirma que a secularização lembra aos homens e mulheres que “a emancipação do humano não significa, necessariamente o crepúsculo de Deus”.
Em relação ao futuro do cristianismo, a teóloga brasileira reforça que o discurso deste deve “ser testemunhal e não tanto conceptual ou textual”.
Maria Clara Bingemer é professora titular de teologia na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro e uma das “principais teólogas” da América Latina.
É coautora da obra «Maria: Mãe de Deus e Mãe dos Pobres» traduzida em vários idiomas.
LFS