Uma aventura na missa

Joana Corrêa Monteiro

Dá imenso trabalho levar os miúdos à missa. Mas, tudo somado, e com muitas estratégias à mistura, há trabalhos que fazem bem.

Algumas anedotas começam com uma enumeração de pessoas que entram em bares. A minha história hoje podia começar “uma mãe, um filho de cinco anos, uma filha de três anos e uma filha de quatro meses entram numa Igreja…”. Para aqueles que possam não saber, ou não se lembrar, ir à missa com filhos pequenos é uma verdadeira aventura. Sobretudo quando na família os adultos são minoria, ou quando acontece algum dos adultos estar fora e ir só o outro com os filhos. Como se pode imaginar é sempre nessas alturas que acontecem os maiores ataques de sede, fome, vontade de ir à casa de banho ou de fazer corridas…

Há estratégias e dicas para todos os gostos: sentem-se atrás, assim se for preciso sair, não se incomoda tanta gente; sentem-se à frente, assim os miúdos ficam entretidos a ver o que se passa no altar; escolham uma missa mais rápida, que eles não têm paciência; escolham uma missa com muitos cânticos, que eles gostam das músicas; levem brinquedos que não façam barulho quando caem ao chão, para eles se entreterem; expliquem os vários momentos e envolvam-nos, que eles ficam mais sossegados se participarem; levem bolachas Maria; dêem-lhes antes o almoço; e podia continuar indefinidamente…

As crianças são naturalmente movediças, toda a gente sabe. Mexem-se, riem-se, espirram mais alto do que deviam, tentam falar baixinho e sai alto, às vezes discutem, às vezes asneiram. Seria mais simples não as levar à missa.

 Joana Corrêa Monteiro

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