Vaticano: Operações financeiras consideradas «suspeitas» diminuíram mais de 70% em dois anos

Reforço da cooperação internacional para prevenir atividades ilícitas inclui acordo com Portugal

Cidade do Vaticano, 27 abr 2018 (Ecclesia) – A Autoridade de Informação Financeira (AIF) do Vaticano divulgou hoje o relatório anual relativo a 2017, ano em que foram assinaladas 150 operações “suspeitas”, menos 27,5% do que em 2016 (207) e 72,5% do que em 2015 (544).

René Bruelhart, presidente da AIF, afirmou em conferência de imprensa que estes dados mostram um caminho de “normalização” e “estabilização” na atividade institucional da Santa Sé e do Estado da Cidade do Vaticano.

O responsável defendeu que a mudança em curso vai na “direção certa”, com vários progressos feitos, em particular nos últimos dois anos.

A “diminuição das suspeitas” foi vista como “um sinal claro e muito bom” do trabalho de reforma financeira.

Em 2017, oito casos foram submetidos a maior investigação por parte das autoridades judiciais do Vaticano em 2017 (22 casos em 2016).

No documento, dado a conhecer aos jornalistas em conferência de imprensa, refere-se que um “significativo reforço da cooperação internacional” entre o Vaticano e as autoridades de vários países, incluindo Portugal, permitiu reforçar o combate a “atividades financeiras ilícitas”, num quadro regulatório “mais forte”.

Os dados apresentados revelam ainda uma “melhoria qualitativa” nas informações trocadas com as autoridades da Santa Sé e do Vaticano, bem como dos relatórios enviados ao promotor de Justiça do Vaticano.

A AIF foi criada por Bento XVI, em 2010, para ser a autoridade competente da Santa Sé e do Estado do Vaticano para a supervisão do setor financeiro e a prevenção de branqueamento de capitais.

OC

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