Vaticano: Papa almoça com pobres e pede «proximidade» a quem passa necessidade

Francisco deixa mensagem de solidariedade com as vítimas de incêndios na Califórnia e dos ataques na República Centro-Africana

Cidade do Vaticano, 18 nov 2018 (Ecclesia) – O Papa Francisco assinalou hoje o II Dia Mundial dos Pobres com um almoço que reúne milhares de pessoas com necessidades, voluntários e representantes de instituições de caridade, no Vaticano.

“Este dia, que envolve cada vez mais paróquias, associações e movimentos eclesiais, quer ser um sinal de esperança e um estímulo para que nos tornemos instrumentos de misericórdia no tecido social”, explicou o pontífice aos peregrinos reunidos na Praça de São Pedro, ao meio-dia de Roma, para a oração do ângelus.

Antes, Francisco tinha presidido à Missa, na Basílica de São Pedro, com a participação de pobres, acompanhados por representantes de associações e grupos paroquiais.

O Papa realçou que, à imagem do almoço com “muitas pessoas indigentes” no auditório Paulo VI, do Vaticano, vão decorrer em dioceses de todo o mundo “iniciativas de oração e partilha”, com o objetivo de “manifestar a proximidade da comunidade cristã aos que vivem em condições de pobreza”.

Ao chegar à sala, o Papa Francisco, saudou os presentes.

Agora, todos vamos almoçar juntos. Agradecemos às pessoas que trouxeram o almoço e àquelas que vão servir o almoço. Agradecemos a todos e pedimos a Deus que nos abençoe a todos nós. Uma bênção de Deus para todos, todos nós que estamos aqui. Que Deus abençoe cada um de nós, abençoe os nossos corações, abençoe as nossas intenções e nos ajude a seguir em frente”.

Setenta voluntários das paróquias de Roma serviram cerca de 1500 pessoas carentes, acompanhadas por associações de voluntariado.

A refeição constou de lasanha e panados de frango com puré de batata.

Após a refeição, Francisco agradeceu a todos pela companhia. “Disseram-me que agora começa a verdadeira festa e que o Papa tem de se ir embora, para que a festa seja boa”, gracejou.

“Muito obrigado! Obrigado pela companhia. Obrigado aos músicos. Obrigado a todos aqueles que prepararam o almoço, aos que o serviram e aos jovens que ajudam aqui. Obrigado a todos. Rezem por mim. Que o Senhor os abençoe. Obrigado!”, concluiu.

 

 

Antes do almoço, desde a janela do apartamento pontifício, após a recitação do ângelus, o Papa condenou o “massacre” que atingiu, há dois dias, um campo de refugiados na República Centro-Africana, provocando dezenas de mortos, incluindo dois sacerdotes católicos.

“A este povo, que me é tão querido, onde abri a primeira porta santa do jubileu da Misericórdia [novembro de 2015], manifesto toda a minha proximidade e o meu amor. Rezemos pelos mortos e os feridos, e para que cesse toda a violência neste amado país que tem tanta necessidade de paz”, apelou.

Francisco rezou ainda pelas vítimas dos incêndios que “estão a flagelar a Califórnia”, bem como pelas da vaga de frio na costa leste dos Estados Unidos da América.

A reflexão dominical foi dedicada ao “encontro definitivo com o Senhor”.

“Ninguém pode fugir a este momento, nenhum de nós pode fugir a este momento”, observou o pontífice.

Francisco pediu que todos os católicos assumam as suas responsabilidades “com o próximo, com o mundo inteiro”.

“Só levaremos connosco o que oferecemos, o que demos”, sustentou.

OC

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