Vaticano: Papa defende «silêncio» e «oração» como resposta a quem procura divisões na Igreja

Francisco tem recusado comentar acusações de quem pede a sua renúncia

Cidade do Vaticano, 03 set 2018 (Ecclesia) – O Papa disse hoje no Vaticano que o “silêncio” e a “oração” são a melhor resposta a quem procura divisões e “escândalo” na Igreja Católica.

“Que o Senhor nos dê a graça de discernir quando temos de falar e quando nos devemos calar”, pediu, na homilia da Missa a que presidiu hoje na Capela da Casa de Santa Marta.

Francisco tem recusado comentar as acusações de quem pede a sua renúncia, na sequência de uma carta divulgada pelo núncio apostólico Carlo Maria Viganò, segundo o qual teria protegido o arcebispo emérito de Washington, o ex-cardeal McCarrick.

“A verdade é mansa, a verdade é silenciosa, a verdade não faz barulho. Não é fácil, o que fez Jesus [silêncio], mas é a dignidade do cristão que está ancorada na força de Deus. Com as pessoas que não têm boa vontade, com as pessoas que procuram apenas o escândalo, que procuram apenas divisões, que só procuram a destruição, também nas famílias: silêncio. E oração”, observou, esta manhã.

O Papa convidou os participantes na celebração a refletirem sobre o “modo de agir na vida diária”, quando há mal-entendidos.

“O pai da mentira, o acusador, o diabo, age para destruir a unidade da família, do povo”, alertou.

Francisco deu o exemplo de Jesus Cristo e do seu silêncio que “vence, mas através da cruz”.

Quantas vezes, nas famílias, começam discussões sobre a política, o desporto, o dinheiro, uma e outra vez; estas famílias acabam destruídas, em discussões nas quais se vê que está lá o diabo e que quer destruir… Silêncio”.

OC

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