Venezuela: Papa pede solução «justa e pacífica» para a crise

Francisco aborda situação desde o Panamá, após visita a instituição de solidariedade

Foto Agência ECCLESIA/PR, participantes na JMJ 2919 alertando para a situação na Venezuela

Cidade do Panamá, 27 jan 2019 (Ecclesia)  – O Papa Francisco pediu hoje uma solução “justa e pacífica” para a crise política na Venezuela, falando no final de uma visita à casa ‘O Bom Samaritano’, no Panamá.

“Aqui, no Panamá, tenho pensado muito no povo venezuelano, ao qual me sinto particularmente unido nestes dias. Perante a situação grave que o país atravessa, peço ao Senhor que se procure e obtenha uma solução justa e pacífica para ultrapassar a crise, respeitando os direitos humanos e desejando exclusivamente o bem de todos os habitantes do país”, disse, após a recitação da oração do ângelus.

Francisco pediu orações por intercessão de “Nossa Senhora de Coromoto, patrona da Venezuela”.

A Comissão de Justiça e Paz da Conferência Episcopal Venezuelana (CEV) pediu o fim da “repressão” no país e o respeito pela “vida e segurança” da população.

O organismo católico afirma que, desde o dia 22 de janeiro, a repressão e a violência se intensificaram “mais uma vez, por parte do pessoal de segurança do Estado e dos grupos armados”, em relação às pessoas que protestam civicamente.

A nota, enviada à Agência ECCLESIA, apela ao fim da “violação dos direitos humanos” e da “repressão sistemática” dos protestos, falando mesmo em “crimes contra a humanidade”.

“Pedimos a todos os venezuelanos que não respondam com violência às várias provocações a que estão a ser submetidos”, acrescenta a Comissão Justiça e Paz do país, presidida por D.  Roberto Lückert.

A Conferência Episcopal Venezuelana já manifestou o seu apoio a uma “mudança de rumo”, que passa por um “período de transição até à eleição de novas autoridades nacionais”.

Nicolás Maduro tomou posse para um novo mandato como presidente da Venezuela, no início de janeiro, depois de vencer as eleições antecipadas de 20 de maio de 2018, que foram boicotadas pela oposição.

No dia 23, o líder do Parlamento, o opositor Juan Guaidó, autoproclamou-se presidente interino do país.

Espanha, a França e Alemanha anunciaram que vão reconhecer o líder parlamentar Juan Guaidó como presidente interino da Venezuela, caso Nicolás Maduro não convoque eleições no prazo de oito dias.

OC

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