Vida Consagrada: Presidente dos Institutos Seculares destaca «oportunidade» para dar-se a conhecer

Maria do Rosário Virgílio lamenta «falta de interesse» nalguns setores

Lisboa, 01 fev 2016 (Ecclesia) – A presidente da Conferência Nacional dos Institutos Seculares em Portugal (CNISP) considera que o Ano da Vida Consagrada foi uma “oportunidade feliz” mas lamenta que “infelizmente” se continue a “identificar” esta opção com a “vida religiosa”.

“Penso que na Igreja, como no mundo em geral, sofremos de um problema que é o de confundir o ser com o fazer. Identificamos a vida com as atividades da vida! Essa será uma razão, na minha modesta opinião, para esse desconhecimento que rasa até a falta de interesse por esta vocação”, escreveu Maria do Rosário Virgílio, num artigo de opinião publicado na mais recente edição do Semanário ECCLESIA.

A presidente da CNISP contextualiza que a especificidade da consagração secular “passa muito mais pelo que se é (pelo ser), do que por aquilo que se faz, (pelo fazer)”, embora, a finalidade da vocação-missão “não esteja fundamentalmente na linha do fazer, mas na linha do ser”.

Segundo a responsável “dá-se muito relevo às obras, ao que se faz” e contextualiza que os meios de comunicação em geral, e “até mesmo a liturgia”, continuam a identificar vida consagrada com “vida religiosa”.

Maria do Rosário Virgílio explica que esta vocação que “nasce e cresce” em ambiente de resposta da Igreja à secularização do mundo, “afirma a força salvadora do Evangelho para a humanização”.

Em forma de balanço, a presidente da CNISP considera que o Ano da Vida Consagrada foi uma “oportunidade feliz para agradecer, refontalizar, conhecer/cooperar e sair”.

A responsável sintetiza ainda a missão dos Institutos Seculares com uma imagem – “ponte” – e a ideia da vocação do leigo consagrado é do tempo atual para este tempo e necessita de “homens e mulheres comprometidos” a viver no mundo.

“Unindo fé e história; temporal e eterno, graça e natureza, aproximando fé e cultura”, explica.

O Ano da Vida Consagrada começou a 29 de novembro de 2014 por iniciativa do próprio Francisco, primeiro Papa jesuíta da história da Igreja, para celebrar com toda a Igreja o “dom” desta vocação e “reavivar” a sua “missão profética”, e conclui-se esta terça-feira, festa litúrgica da Apresentação de Jesus.

CB/OC

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