Voluntariado: um dinamismo indispensável nas prisões

O encontro de voluntários da Fraternidade das Instituições de Apoio a Reclusos juntou cerca de 60 pessoas de várias confissões religiosas onde se pretendeu reflectir sobre o que move o voluntário no seu trabalho junto de reclusos, quer a nível espiritual quer a nível mais prático de encontro e de trabalho. “O trabalho realizado nas prisões é muito alargado e abrangente” dá conta à Agência ECCLESIA o Padre João Gonçalves, Coordenador Nacional da Pastoral das Prisões. E acrescenta mesmo que se trata de um trabalho “já indispensável”. Um simples encontro de diálogo livre, ou a prestação de cursos quer de formação ou na área intelectual, ou mais lúdico e recreativo de trabalhos manuais e de teatro, preenchem a vida de quem vive o seu tempo num estabelecimento prisional, não se limitando apenas ao acompanhamento espiritual. “O bem que o voluntariado faz pela presença e pela boa recepção que tem junto dos reclusos, faz deste serviço um dom indispensável”, existindo claramente uma complementaridade de serviços, mas fazendo do voluntariado um “sinal de disponibilidade e de variedade de dons”. A boa aceitação por parte dos reclusos não é clara apenas no nosso país, “é também uma realidade noutros países” afirma com base num inquérito realizado, por exemplo, em Espanha. A realidade prisional de solidão “abre uma porta ao transcendente e ao sobrenatural e a nossa presença vem dar resposta a uma atitude e predisposição dos reclusos para essa abertura espiritual”. Mas a motivação de escuta e presença levada pelo voluntário é determinante para este acolhimento “porque o grande respeito com que vamos às prisões faz a diferença”, conferindo ao voluntariado um dinamismo indispensável.

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