Andar onde Jesus andou

Octávio Carmo

A Páscoa chegou, carregada de gestos e mensagens que desafiam à descoberta de uma realidade profunda, para lá das aparências, com o desafio à Vida Nova, à renovação interior, à transformação da sociedade. Onde quer que seja.

Esta é uma mensagem forte e universal, que surpresa debates teóricos sobre aquilo em que cada um acredita ou não. As atitudes e palavras do Papa Francisco, por exemplo, vão muito para lá das “fronteiras” das comunidades católicas e apontam a um horizonte de humanidade que deveria ser património comum, não uma utopia.

Para o Papa, é absolutamente claro que a credibilidade da Igreja se joga no concreto de cada pessoa, em particular dos mais fracos, dos que são vítimas de uma globalização em que uns nunca perdem e outros tudo pagam. Esta oferta de fraternidade inspira-se, no caso dos católicos, naquilo que Jesus Cristo fez e disse, na herança que deixou aos discípulos de todos os tempos.

O anúncio da alegria da ressurreição, para não ser um formalismo, passa por esta capacidade de andar onde Jesus andou, no seu tempo, aplicando a mesma lógica aos dias de hoje. Resta a cada um saber de que lado quer ficar, nesta Paixão sem fim a que os seus irmãos e irmãs estão sujeitos.

 

O convite é dirigido mais uma vez a ti e a mim: convite a quebrar os hábitos rotineiros,a  renovar a nossa vida, as nossas escolhas e a nossa existência; convite que nos é dirigido na situação em que nos encontramos, naquilo que fazemos e somos, com a «quota de poder» que temos. Queremos participar neste anúncio de vida ou ficaremos mudos perante os acontecimentos?

(Homilia do Papa Francisco na Vigília Pascal de 2018)

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