África: Cáritas Internacional alerta para crise alimentar que ameaça 6 milhões de pessoas no Sahel

Organização católica pede ajuda de emergência para seis países

Lisboa, 03 jul 2018 (Ecclesia) – A Cáritas Internacional lançou um pedido de assistência urgente para ajudar quase seis milhões de pessoas, afetadas pela fome em países da região africana do Sahel.

A organização católica assinala que a “desnutrição severa” ameaça a vida de 1,6 milhões de crianças na pior crise na região, desde 2012.

“A segurança alimentar deteriorou-se rapidamente na região e o fornecimento de alimentos para milhões de pessoas esgotou”, alerta, indicando que a taxa de “desnutrição aguda severa” aumentou 50% desde o ano passado.

A Cáritas Internacional contabiliza que uma em cada seis crianças, menores de cinco anos, precisa de tratamento urgente para lhes “salvar a vida” em seis países do Sahel: Burquina-Faso, Chade, Mali, Mauritânia, Níger e Senegal.

“Muitos enfrentam desafios extremos, como oportunidades de emprego limitadas, altos preços dos alimentos, deslocamento e extremismo violento”, acrescenta a organização católica.

As famílias estão a reduzir nas refeições, a tirar as crianças das escolas e a “privar-se” de serviços básicos de saúde para “economizar dinheiro”.

Segundo a Cáritas Internacional, se “a ajuda não aumentar” muitas pessoas vão ficar em risco e os meios de subsistência de milhares de famílias “serão destruídos”, as previsões indicam que “o alarmante ciclo de adversidades no Sahel” vai agravar-se.

A emergência mais recente, segundo a instituição, foi provocada pela ausência da chuva que resulta na escassez de água, por exemplo, para as culturas e para o gado.

Neste contexto, revela-se ainda que os agricultores foram “obrigados” a começar uma espécie de transumância, mas de menor curso, “quatro meses antes” do que é habitual e a percorrer “distâncias maiores”.

CB/OC

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