Algarve: Diocese realizou as Jornadas da Pastoral a Pessoas com Deficiência

«Testemunhos revelam e mostram que dimensão da inclusão, da integração, é uma realidade» – Cónego Joaquim Nunes

Foto Samuel Mendonça/Folha do Domingo

Faro, 18 fev 2019 (Ecclesia) – A Diocese do Algarve dinamizou as suas Jornadas da Pastoral a Pessoas com Deficiência com o tema ‘Celebrar a Diferença, ser Igreja em Missão’, no salão paroquial de São Luís de Faro.

“Tem as dimensões de encontro, celebração, testemunho, festa, formação que contempla alguns aspetos da ação da Igreja neste campo”, disse hoje o assistente do Serviço Diocesano Pastoral a Pessoas com Deficiência (SDPPD) do Algarve.

Em declarações à Agência ECCLESIA, o cónego Joaquim Nunes explicou que convidam pessoas, “quer dentro da diocese, quer de fora”, numa “dimensão de testemunho, de acompanhamento e fortalecimento” daquilo que é experiência de cada um.

Este ano, participaram a irmã Maria da Glória Pinto, Carmelita Missionária, o responsável pelo SPPD do Patriarcado de Lisboa e pela ‘Casa do Chapim’ – associação de pais e familiares de crianças com necessidades especiais, Francisco O’Neill, e o diácono Tiago Varandas, da Arquidiocese de Braga.

“Testemunhos revelam e mostram que a dimensão da inclusão, da integração, é uma realidade, e ao mesmo tempo um objetivo constante a perseguir. Trata-se de ir ao encontro das pessoas”, disse o assistente do SDPPD do Algarve, revelando que destacou também o “verbo amar” nas diversas conotações apresentadas nos testemunhos”.

‘Celebrar a Diferença, ser Igreja em Missão’, que “cruza as ideias fundamentais” do programa da diocese e a proposta da Conferência Episcopal para o ano missionário (até outubro de 2019), foi o tema da 6.ª edição das Jornadas da Pastoral a Pessoas com Deficiência realizada, este sábado, no salão paroquial de São Luís de Faro.

“Os objetivos, claros, na primeira frase correspondem à necessidade de integrar aqueles que pela sua natureza têm lugar efetivo na vida da Igreja de uma forma celebrativa e que inclua todos na medida do que é a possibilidade de cada um”, explicou o entrevistado.

‘Ser Igreja em Missão’, sobre “a dimensão do envio e da saída”, acrescentou o cónego Joaquim Nunes corresponde à “necessidade” de irem, “não apenas como anunciadores do Evangelho”, “à procura dos que estão escondidos” porque a deficiência “leva-os a ficarem na sombra ou julgarem que o seu lugar é na sombra”.

Foto Samuel Mendonça/Folha do Domingo

Do programa, informa o jornal diocesano ‘Folha do Domingo’, destaca-se a participação dos jovens que realizaram um ateliê onde construíram a oração da Ave-Maria em Símbolos Pictográficos para a Comunicação – SPC e apresentaram ideias para “um maior acolhimento na Igreja das pessoas portadoras de deficiência”.

Durante a tarde, a ‘Festa da Alegria’ contou com diversas atuações: Lar Residencial de São Vicente da Santa Casa da Misericórdia de Albufeira, Fábio Martins, Associação Portuguesa para as Perturbações do Desenvolvimento e Autismo do Algarve, Associação Portuguesa de Paralisia Cerebral de Faro.

O bispo do Algarve que abriu as Jornadas Diocesanas da Pastoral a Pessoas com Deficiência também presidiu à Eucaristia de encerramento na igreja de São Luís de Faro.

O jornal diocesano informa que, para além de D. Manuel Quintas, o encontro contou também com as intervenções do coordenador do SDPPD – Algarve, Cesariano Martins, e da diretora nacional do Serviço Pastoral a Pessoas com Deficiência, Isabel do Vale.

O Serviço Diocesano Pastoral a Pessoas com Deficiência do Algarve “tem uns bons anos de história”, e o seu assistente refere que têm “estado a dar pequenos passos”, primeiro com “alguma timidez e ousadia”, num crescendo de iniciativas como nas jornadas, “cada vez com uma participação maior”, que “dá visibilidade ao serviço em termos de abrir portas para crescendo da ação”.

CB

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