Braga: Arcebispo pede aos sacerdotes para «primeiriar» a reinvenção da diocese e a definição de «um plano de nova evangelização»

D. Jorge Ortiga presidiu à ordenação cinco padres, disse que vai visitar todos no próximo ano e enviou uma equipa missionária para Moçambique

Foto Avelino Lima/Diário do Minho

Braga, 16 jul 2018 (Ecclesia) – O arcebispo de Braga afirmou na homilia da Missa de ordenação de cinco padres que a diocese precisa de “se reinventar e de traçar um plano de nova evangelização” e convocou os sacerdotes para “primeiriar” esse processo.

“Constituir um presbitério não é uma questão de números. É sobretudo, e antes de mais, uma questão vocacional”, disse D. Jorge Ortiga, indicando depois as caraterísticas dos sacerdotes para “testemunhar com a sua vida o espírito do Evangelho”.

Para arcebispo de Braga, os sacerdotes devem ser “anunciadores da paz e da esperança”, libertando as pessoas de “conflitos interiores e de falsas imagens de Deus”.

“É talvez esta a nossa primeira missão: libertar as pessoas e restituir-lhes a paz. Não sejamos, por isso, causadores de angústias e tensões nas comunidades cristãs”

D. Jorge Ortiga pediu também aos sacerdotes para serem acolhedores e deixarem-se acolher, falando com “palavras simples, sem artefactos ou altivez” e disse que a hospitalidade é um “fator determinante para a credibilidade da Igreja”.

O arcebispo de Braga pediu aos sacerdotes para serem “despojados e livres”, centrando-se “naquilo que é essencial” e testemunhando a “simplicidade evangélica.

“O nosso país vive tempos de pobreza, as pessoas têm poucos recursos e ainda assim, da sua miséria, oferecem-nos tudo quanto podem. Sejamos agradecidos, administremos bem o nada de poucos, sejamos transparentes e Deus, vendo o vosso bom coração, dar-nos-á tudo”, sublinhou.

“Sejamos padres e homens simples”, acrescentou D. Jorge Ortiga, referindo que “simples não é ser banal, com critérios mundanos e sem dignidade”, mas “viver segundo um espírito evangélico, despojado de artefactos, com uma linguagem acessível, uma vida equilibrada, com capacidade de escuta e de diálogo”.

“Desejamos ser líderes? Então tomemos o lugar dos mais simples, trabalhemos com eles. Não tenhamos medo do que as outras pessoas vão pensar. Preocupemo-nos somente com o que Deus pensa e vê em vós”, defendeu o arcebispo de Braga.

Na homilia da Missa de ordenações sacerdotais, que decorreu na Cripta do Sameiro, em Braga, D. Jorge Ortiga anunciou que tenciona visitar todos os sacerdotes no decorrer do próximo ano pastoral para “um encontro informal, familiar, sem esquemas ou trabalhos a elaborar” e enviou para a Missão de Ocua, em Moçambique uma nova equipa missionária da Arquidiocese de Braga.

“No final desta eucaristia será enviado em missão o casal Rui Vieira e a Susana Magalhães. Celebrarão o seu matrimónio em Setembro e depois partirão em missão. Como é bonito este testemunho! Agradeço ainda ao Pe. Paulino Carvalho que com eles partirá por mais um ano e a todos os outros jovens e sacerdotes que os precederam”, disse D. Jorge Ortiga.

Na Missa de ordenações sacerdotais, o arcebispo de Braga agradeceu ainda o trabalho de D. Francisco Senra Coelho, desde 2014 bispo auxiliar de Braga e que, no dia 2 de setembro, iniciará o seu ministério como arcebispo de Évora, e anunciou a publicação de Nota Pastoral “Uma alma para o corpo da Igreja”.

PR

Foto: http://bragaon.blogspot.com 

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