Camelitas Descalços: Novo responsável assume «grande preocupação» na vivência e transmissão do carisma da Ordem

Padre Pedro Lourenço Ferreira foi eleito como provincial pela sexta vez

Marco de Canaveses, 21 abr 2017 (Ecclesia) – O padre Pedro Lourenço Ferreira, novo responsável nacional da Província Portuguesa dos Carmelitas Descalços e explicou que a “grande preocupação” é que as muitas atividades historicamente assumidas não limitem o “exercício do carisma”.

“Somos uma ordem dedicada à oração e à contemplação e a uma pastoral que nasce de uma vida e que se destina a gerar vida naqueles que cultivam a vida espiritual”, contextualizou o novo provincial dos Carmelitas Descalços em Portugal.

O XIII Capítulo Provincial da Ordem dos Carmelitas Descalços em Portugal está a decorrer no Convento de Avessadas, Marco de Canaveses, Diocese do Porto, até sábado.

O padre Pedro Lourenço Ferreira disse à Agência ECCLESIA que a sua “grande preocupação” é que as muitas atividades que historicamente assumiram “não sobrecarreguem” os religiosos, que estão a “diminuir em número”, no “exercício do carisma” não deve ser limitado.

“É uma preocupação para este governo que as pessoas se sintam felizes na sua vida comunitária, na sua vida de união com Deus e que possam transparecer, mostrar, sobretudo, aqueles a quem a Igreja no envia o testemunho da nossa união com Deus”, desenvolveu.

O novo provincial, eleito pela sexta vez, explicou que há seis conventos em Portugal continental, uma fraternidade no Funchal e outra em Timor-Leste, uma extensão da Ordem dos Carmelitas Descalços e “a extensão do carisma é um serviço à Igreja”.

Os religiosos têm trabalhos nessas comunidades “ligeiramente diferentes” entre si, depende da inserção na Igreja em cada local, por exemplo em Avessadas (Diocese do Porto) dedicam-se à espiritualidade e têm duas paróquias e em Fátima um centro mariano.

O padre Pedro Lourenço Ferreira contextualiza que na cidade do Porto a presença da Ordem faz-se, “essencialmente”, com o seu seminário e nas Dioceses de Viana do Castelo, Braga, Aveiro e Funchal têm “conventos históricos de 1600, normalmente nos centros das cidades”, que são “lugares de confissões, direção espiritual e assistência a movimentos”.

Para o responsável nacional dos Carmelitas Descalços as novas tecnologias e as redes sociais são “enormes possibilidades” e não as vão “desperdiçar” mas acautela que “nem tudo tem interesse para a comunicação”.

“A transmissão é uma pedagogia muito importante ou transmite-se bem e se educa bem ou transmite-se mal e educa mal”, acrescenta, assinalando que uma hora em contemplação ou a oração pessoal “não pode ser objeto de comunicação” mas partilhar “um flash”, enquanto a celebração da Liturgia das Horas, de uma Missa “já pode” mas exige-se “competência, perfeição”.

A cada três anos, o capítulo reúne para avaliar a vida da província e projetar novos planos e prioridades para um novo triénio, desta vez até 2020.

O anterior provincial, o padre Joaquim Teixeira, recordou há Agência ECCLESIA que viveu “seis anos intensos de governo” na vida da província portuguesa, esta família religiosa tem “grande expressão” visível nos padres, nas irmãs de clausura e também nos leigos.

O sacerdote destacou como aspetos importantes de dois triénios a “aposta” na missão em Timor-Leste, em colaboração com Espanha e a intensificação da relação interna entre os três ramos da Ordem.

O padre Joaquim Teixeira assinalou também a aposta na Pastoral Juvenil e Vocacional e as celebrações do quinto centenário do Nascimento de Santa Teresa de Jesus (1515-1582) que “mobilizou toda a Ordem, a província e toda a Igreja”.

CB/OC

Partilhar:
plugins premium WordPress
Scroll to Top