Coimbra: Bispo afirma importância do «acolhimento» como «modo de ser da Igreja»

D. Virgílio Antunes destaca participação e empenho dos leigos na vida da Igreja

Foto: Correio de Coimbra

Coimbra, 17 jan 2019 (Ecclesia) – O bispo de Coimbra disse à Agência ECCLESIA que as jornadas de formação diocesana, concluídas hoje, apontaram ao “acolhimento, não só como conjunto de ações” mas “como modo de ser da Igreja”, ministros e do povo de Deus.

“É a relação humana que se pode transformar numa relação mais profunda, mais séria, mais espiritual. Gostaríamos que a nossa Igreja diocesana estivesse aberta a todos esses caminhos e lugares de encontro que é humano e divino”, explicou D. Virgílio Antunes.

‘Acolher e celebrar, lugares de encontro (com Deus e os homens)’ foi o tema das jornadas de formação permanente de Coimbra que decorreram no seminário diocesano, nos últimos três dias.

“[Acolhimento] Pode ser e deve ser o primeiro passo para despertar um conjunto de sentimentos, de atitudes, de perguntas”, desenvolve o bispo diocesano.

Sobre a temática do acolhimento do encontro, D. Virgílio Antunes realça que são dois dinamismos que têm nos objetivos para este ano no nosso plano pastoral.

“Celebrar e acolher e a celebração como lugar de acolhimento, mas também os outros lugares de acolhimento para que a Igreja seja uma instituição ativa, dinâmica, animada pelo Espírito”, salienta.

As jornadas de formação permanente de Coimbra não se destinam apenas ao clero, religiosos ou agentes pastorais, mas estão abertas à participação de todos os leigos.

“Felizmente encontramos, cada vez mais, apetência dos leigos não só de conhecer mas serem parte ativa na construção este templo santo presente no mundo, nas realidades concretas”, salientou.

D. Virgílio Antunes observa que os leigos quando “têm este sentido da fé, do encontro com Deus” manifestam uma “disponibilidade e desejo”, cada vez maiores, de participar “na totalidade deste processo”.

O bispo de Coimbra refere que, concretamente nesta Igreja diocesana, tentam que os leigos tenham “consciência de ser um povo de Deus, onde todos têm igual dignidade”.

“Tem de ser uma Igreja que caminha com os seus ministros ordenados, com os consagrados, com os leigos, e, portanto, aquilo que interessa a uma parte da Igreja tem que interessar à totalidade da comunidade eclesial”, afirmou.

O arquiteto João Alves da Cunha encerrou hoje os trabalhos, numa intervenção sobre a temática ‘espaço litúrgico como sacramento do encontro’.

Esta quarta-feira o bispo de Bragança-Miranda, D. José Cordeiro, refletiu sobre ‘a celebração da liturgia como lugar privilegiado do encontro’ e ‘as diversas formas de oração cristã, pessoal e comunitária, como lugares do encontro com Deus’.

A jornada de formação permanente da Diocese de Coimbra começou com o padre Tiago Neto a falar sobre acolhimento pastoral e, depois, diversos oradores a refletirem sobre lugares onde se acolhe, como a família, hospital, ensino superior e paróquia.

HM/CB/OC

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