Comunicado final da 65ª Assembleia diocesana da LOC

No dia 26 de Outubro realizou-se a 65ª Assembleia da Liga Operária Católica / Movimento de Trabalhadores Cristãos, da Diocese do Porto, na Casa Diocesana de Vilar, sob o tema “Valorizar o Trabalho – Dignificar a Pessoa”. Estiveram presentes cerca de 100 militantes e simpatizantes do Movimento da Diocese. Igualmente marcou presença a Coordenadora Nacional, Fátima Almeida. Esteve também connosco o Bispo Diocesano, senhor D. Manuel Clemente. Estiveram ainda presentes como convidados responsáveis da ACI, MAC, Base-FUT, VP e alguns sacerdotes assistentes e amigos do Movimento. Foi aprovada por unanimidade a Acta da anterior Assembleia. Foi igualmente apreciado e aprovado com duas abstenções o Relatório de Actividades e Acções realizadas no âmbito do Movimento. Foi aprovado com duas abstenções o Relatório e Contas do ano findo, bem como o Orçamento para o ano 2008/2009 aprovado por maioria com dois votos contra. Foi desenvolvido o tema de Formação e Debate “Revisão de Vida Operária e a Acção do Movimento” orientado pelo Pe. Horácio Noronha. Começou por afirmar que a Revisão de Vida (RV) é fundamental para a LOC: sem ela a LOC deixa de ser aquilo que é. Do mesmo modo não se pode falar em RV sem falar em equipas de militantes que a fazem. Foi salientado que é importante investir no rejuvenescimento das nossas equipas através do recrutamento. Mas só chamamos o outro através da nossa alegria, convicção e esperança, tendo a audácia de propor o Movimento aos outros. Devemos ser, antes de mais, pessoas de esperança. O facto de vivermos, em alguns casos, em ambientes adversos não nos deve desanimar. Temos de ter consciência de que o Movimento é nosso e depende da nossa motivação, do nosso querer. Não é fácil sermos minoria, mas devemos lembrar que só as minorias são revolucionárias. A esperança cristã, que nos anima, é a arte de tornar possível aquilo que aos outros parece impossível. Para o agir nosso, para além do nosso ver que deve ser concreto e objectivo e da escuta interpeladora da Palavra de Deus, devemos rever as nossas atitudes e estilos de vida. Devemos procurar agir colectivamente, tendo em conta que para concretização da nossa acção nos devemos fazer as perguntas: o que fazer, porquê, com quem, onde, quando e com que meios. Só respondendo a estas questões é que o nosso agir será frutuoso. Na continuação da Assembleia, os militantes discutiram e aprovaram um Plano de Acção, a concretizar até à próxima Assembleia, tendo como prioridades para o ano 2008/2009 o Trabalho e a Segurança Social, e que contempla os seguintes campos de acção prioritários: Na Sociedade Trabalho (desemprego, precariedade, flexisegurança), e reflectir as suas implicações na Família (exclusão social, pobreza, endividamento, toxicodependência, abandono escolar, divórcio, etc.) Segurança Social (debater e aprofundar a temática da Segurança Social e o seu papel na distribuição da riqueza e na implementação de justiça social), valorizando os sistemas actuais de protecção e Segurança Social, como pilares fundamentais na Europa Social e no desenvolvimento económico; e promover debates sobre a urgência de uma melhor redistribuição do trabalho para que todos possam usufruir desse bem tão fundamental para a independência económica e realização pessoal e social; Sistema de Saúde e Medicina Higiene e Segurança no Trabalho (penalização da pessoas pelo encerramento de centros de saúde e unidades de urgência, pelo aumento das taxas moderadoras, pela falta de médicos de família e longas listas de espera para cirurgias, pela não aplicação da legislação sobre M.H.S.T. nas empresas, etc.). No Interior do Movimento Formação dos Militantes Realização de acções de formação de animadores de grupos na Fé; e de líderes para o movimento, que nos interpelem como militantes cristãos e cidadãos e que nos motivem e aumentem o nosso empenhamento para o AGIR na sociedade, de modo que esta sinta a LOC/ MTC a “mexer”. Dinâmica das Equipas e RVO Revitalizar e dinamizar as Revisões de Vida nos grupos de base; sensibilizar e incentivar os militantes a viverem a sua missão de cristãos comprometidos; valorizar a acção militante; fortalecer a relação humana entre os elementos da equipas; reforçar a solidariedade com os mais pobres e desfavorecidos; desenvolver o exercício de cidadania nas estruturas sindicais, associações, comissões de utentes, autarquias, conselhos pastorais e outros; analisar e avaliar o AGIR; ler com atenção o BM e VT. Expansão e rejuvenescimento do Movimento Divulgar as actividades nos meios de comunicação social; abrir as nossas actividades aos amigos e à comunidade local; ter espírito criativo nas nossas actividades; sensibilizar os militantes para o papel da Pastoral Operária. Foi igualmente aprovado um calendário de actividades que contempla vários encontros de formação para militantes e outros trabalhadores abrangidos pelas acções a realizar pelo Movimento. No final da Assembleia, D. Manuel Clemente convidou-nos e impeliu-nos a sermos voz do Mundo do Trabalho, das suas alegrias e esperanças, tristezas e angústias, publicando as nossas RV na Voz Portucalense, pois, como disse, só quem vive no meio dele pode falar. Fomos também compelidos a sermos missionários nos meios em que vivemos e a propormos acções a realizar em 2010 no sentido fazer chegar o Evangelho ao meio e ao mundo em que vivemos. Temos de nos abrir a este tempo favorável, que nos é dado viver hoje, incentivou-nos a Fátima Almeida, nossa coordenadora Nacional. Os restantes convidados presentes saudaram e dirigiram palavras à Assembleia. A Assembleia terminou com a celebração da Eucaristia, presidida pelo Assistente Diocesano, senhor Padre José Manuel Macedo e concelebrada pelos senhores Padres Serafim e Domingos Castro. Porto, 26 de Outubro de 2008.

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