Congo: Bispos católicos denunciam clima de «violência e perseguição» contra membros do clero

Padre foi levado à força por um grupo armado depois de celebrar a missa de Páscoa

Cidade do Vaticano, 04 abr 2018 (Ecclesia) – Um padre católico está desaparecido desde domingo na República Democrática do Congo, depois de ter sido levado à força por um grupo armado no final da missa de Páscoa, na Paróquia de Karambi.

O caso está a ser acompanhado pelo Vaticano, que adianta que este é mais um episódio de “violência e perseguição” contra membros da Igreja Católica naquele país.

Depois de levarem o padre Celestin Ngango, os raptores já exigiram um resgate no valor de cerca de 400 mil euros para libertar o sacerdote.

De acordo com o serviço informativo da Santa Sé, a Província de Kivu do Norte tem sido uma das regiões mais afetadas, havendo a registar também vários casos de perseguição contra membros do clero.

Os bispos congoleses já exigiram a libertação imediata do padre Celestin Ngango e condenaram o contexto que tomou conta da nação africana.

“Em 2012, três padres foram sequestrados. Desde então, não ouvimos falar deles; depois, em julho de 2017, houve um novo sequestro e agora outro. É muito triste”, lamentam em comunicado aqueles responsáveis.

Para a Igreja Católica congolesa, é imperioso que as autoridades nacionais retomem as rédeas do país, mas para isso é preciso resolver a questão política.

Recorde-se que no final de 2016, o presidente cessante Joseph Kabila decidiu prosseguir com o seu mandato, sem convocar eleições, o que provocou um forte clima de contestação.

“Há um problema no governo: eles não podem proteger o país. Se conseguirmos organizar boas eleições, teremos instituições fortes que conseguiriam assegurar a população e o território nacional”, sustentam os bispos.

Em fevereiro deste ano, o Papa Francisco promoveu uma jornada mundial de jejum e oração a favor das populações da República Democrática do Congo e do Sudão do Sul.

JCP

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