Dia da Mulher: Rostos femininos da Igreja Católica que acompanham migrantes, refugiados e turistas

Presença no setor tem vindo a ganhar relevo

Lisboa, 08 mar 2017 (Ecclesia) – A Igreja Católica em Portugal estuda, acompanha os “factos e desafios” que o fenómeno migratório lhe coloca através de um setor específico, que a nível nacional é liderado por uma mulher.

“Sou mulher cristã, esposa, mãe, dona de casa, cidadã, chamada a ser diretora deste serviço que toca tantas periferias existenciais. Questões como a disponibilidade, conciliação família e trabalho, superação de limites colocam-se todos os dias”, escreve a diretora da Obra Católica Portuguesa de Migrações (OCPM).

No artigo ‘Servir quem deixa a sua terra’, publicado na mais recente edição do Semanário ECCLESIA, dedicado ao Dia Internacional da Mulher, Eugénia Costa Quaresma afirma que é chamada “a dar o rosto” pela causa do fenómeno migratório que se traduz no “acolhimento, proteção, promoção, integração” da pessoa humana em contexto de mobilidade.

“Procuro contribuir para que se passe da palavra à prática da hospitalidade, à comunhão na diversidade, à cidadania independentemente da nacionalidade e do credo, ao reconhecimento da fé como riqueza e fator de coesão social”, desenvolve a responsável.

Neste contexto, “movida pela proximidade”, a diretora da OCPM vai ao encontro dos agentes pastorais, comunidades cristãs missionários, migrantes, participa em reuniões com outras instituições eclesiais, governamentais e civis dentro e fora de Portugal.

Nos referidos encontros com agentes pastorais a responsável nacional da Obra Católica Portuguesa de Migrações reúne também com a diretora do Secretariado Diocesano das Migrações e Turismo do Porto, a qual considera estar ‘sempre em missão’.

“África, Ásia, América, Europa? Não há limite nem diferenças – todos aqueles com quem nos cruzamos e a quem levamos a Palavra!”, refere Maria Viterbo.

Segundo a responsável pelo setor das migrações e turismo na Diocese do Porto, o desafio é ser “missionários a tempo inteiro”, pela presença e pelo esforço do testemunho.

“Nunca esquecer a necessidade de dar testemunho, porque é por aí que se torna possível a aproximação e a relação de confiança”, observa Maria Viterbo, segundo a qual se chora “muitas vezes” com os que choram.

A diretora do Secretariado Diocesano das Migrações e Turismo do Porto destaca o propósito de ser “sinais de vida – construtores da paz” e, para isso, há uma presença que passa por “muitas horas de verdadeira escuta”, alguns quilómetros percorridos, “horas a pensar, a tentar discernir” e “bastante tempo de oração”.

No contexto do Dia Internacional da Mulher, assinalado hoje, o mais recente Semanário ECCLESIA partilha vários testemunhos de mulheres com responsabilidades em instituições católicas em Portugal, a nível nacional e diocesano.

Rostos femininos da Igreja em Portugal é a proposta do dossier introduzido por duas intervenções do Papa Francisco, que tem pedido desde o início do seu pontificado uma presença efetiva das mulheres nos locais de decisão, na Igreja e na sociedade.

CB/OC

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