Diálogo inter-religioso: Portugal é «bom» exemplo «mas importa trabalhar para que continue assim»

Centro de Reflexão Cristã promove hoje conferência com líderes das comunidades islâmica e judaica

Lisboa, 27 mai 2015 (Ecclesia) – O Centro de Reflexão Cristã vai concluir hoje um ciclo de conferência de maio, integrado na celebração do seu 40.º aniversário, com um debate à volta do “diálogo inter-religioso” como “caminho para a paz”.

Em entrevista à Agência ECCLESIA, o presidente do CRC sublinha a importância de continuar a apostar no estreitar de relações entre as várias comunidades religiosas presentes no país.

“Em Portugal existem relações privilegiadas, de bom relacionamento, de cooperação, de respeito mútuo, mas é importante trabalhar para que isso continue a ser assim”, realça José Leitão.

Prevista para as 18h30, nas instalações do Centro Nacional da Cultura junto ao Chiado, a conferência vai ter como anfitrião Guilherme de Oliveira Martins, antigo ministro da Educação e atual responsável pelo Centro Nacional de Cultura.

Destaque ainda para a participação dos líderes das comunidades islâmica e judaica em Portugal, Abdool Karim Vakil e José Oulman Carp, respetivamente.

Enquanto projeto empenhado desde 1975 na “renovação da Igreja, da sociedade, numa perspetiva libertadora”, o CRC tem feito do diálogo inter-religioso uma das suas prioridades.  

Para José Leitão, não basta que essa relação aconteça “só entre personalidades”, ela tem de ser “vivida no dia-a-dia”, quer no plano coletivo quer individual.

Sobre o futuro do CRC, o presidente do organismo considera fundamental apontar para uma “reflexão” que seja cada vez mais “ação”, concretizada no quotidiano das pessoas.

“Quando vemos a preocupação do Papa Francisco com a renovação da Cúria Romana, das instâncias económicas, do Banco do Vaticano, as declarações que tem feito sobre a importância das mulheres, da Igreja as reconhecer e dar-lhes um papel mais ativo, é importante que isto se transforme em ação, em vida do dia-a-dia”.

É nesse sentido que “a atual direção está muito empenhada em retomar os encontros de sócios e amigos, uma dimensão de reflexão mais partilhada, e também valorizar as ligações com aquelas entidades que foram sócios coletivos, dimensão que o CRC tinha e que estamos interessados em reativar”, conclui José Leitão.

A conferência desta tarde, no Centro Nacional de Cultura, tem entrada livre.

HM/JCP 

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