Ecologia: Rede «Cuidar da Casa Comum» promoveu uma vigília de oração pelo cuidado da criação

Participantes renovaram a «adesão pessoal à própria vocação de guardião da criação»

Vigília promovida pela rede ‘Cuidar da Casa Comum’

Lisboa, 07 set 2018 (Ecclesia) – A rede ‘Cuidar da Casa Comum’ promoveu hoje uma vigília de oração pelo Cuidado da Criação, em Lisboa, a que se associou D. Manuel Clemente com uma mensagem, desafiando a outra “maneira de agir, de sentir e pensar”.

“Sentimo-nos em comunhão com crentes e não crentes, em especial com todas as comunidades cristãs empenhadas na oração ecuménica pelo cuidado da Criação e prossecução de uma ecologia integral”, afirmaram os participantes durante a vigília, que decorreu na Igreja do Coração de Jesus, no centro de Lisboa.

O objetivo da iniciativa foi o de “renovar a adesão pessoal à própria vocação de guardião da criação” e invocar ajuda para a sua proteção e a misericórdia “pelos pecados cometidos contra o mundo”.

A vigília promovida pela rede ‘Cuidar da Casa Comum’ tomou por “referência e guia” a Bíblia e a encíclica do Papa Francisco “Laudato si”.

“Francisco alerta-nos para o que está a acontecer na nossa casa comum, nomeadamente no que respeita à poluição, à escassez da água, à perda da biodiversidade, à deterioração da qualidade de vida humana, à degradação social e à desigualdade planetária”, lembraram os participantes.

A vigília foi uma oportunidade de “louvor da criação”, de lembrar a “raiz humana da crise ecológica” e de oração por uma “ecologia integral” que “exige a inclusão de dimensões ambientais, económicas, sociais e culturais”.

D. Manuel Clemente associou-se à “vigília pela criação”, afirmando numa mensagem que, como celebração, “é um tempo determinado” e, “como atitude, tem de ser constante”.

“O Evangelho pede-nos uma vigilância permanente em relação ao essencial, sem distração nem demora. No que à criação respeita, a urgência redobra face a todos os sinais que ela nos dá do seu mal estar”, disse na mensagem.

O cardeal-patriarca de Lisboa recordou os alertas do Papa Francisco para a “dimensão do problema”, que exige “uma resposta verdadeiramente integral” e implica outra “maneira de agir, de sentir e pensar”, em que “ninguém pode ficar de fora daquilo que é tão básico e comum: a terra que temos, o ar que respiramos, os bens essenciais que repartimos, a conjugação harmónica do que somos, nós, os outros e a nossa casa comum”.

A iniciativa associa-se às celebrações do Dia Mundial de Oração pelo Cuidado com a Criação (1 de setembro), instituído pelo Papa Francisco em 2015, como apelo à união dos cristãos face à crise ecológica mundial.

A rede ‘Cuidar da Casa Comum’, que envolve várias instituições, organizações, obras e movimentos católicos e cristãos, vai dinamizar ao longo deste mês um conjunto de iniciativas englobadas no Dia Mundial de Oração pelo Cuidado com a Criação.

Na mensagem para este ano, o Papa Francisco chamou a atenção para a água, “elemento tão simples e precioso”, de acesso “difícil para muitos, se não impossível”, alertou para o “imperativo urgente” de “cuidar de fontes e bacias hídricas”, para os mares e os oceanos.

 JCP/PR

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