Educar para o silêncio na Semana Ecuménica

No âmbito da semana de oração pela Unidade, a paróquia da Amadora – diocese de Lisboa –, em colaboração com a Sociedade Bíblica, teve patente até hoje (24 de Janeiro) uma exposição sobre a Bíblia, “como ela surgiu até aos nossos dias”, e excertos de personagens defensores dos escravos, negros e pobres. “Vidas e vozes vividas em função daqueles que não tinham voz” – disse à Agência ECCLESIA Simão Silva, do Departamento de Animação Bíblica da Sociedade Bíblica. Adesão a esta iniciativa “foi boa” até porque as escolas foram convidadas para o evento. Os visitantes puderam manusear e ler a Bíblia – “tínhamos cerca de 50 exemplares” – de vários séculos e algumas para crianças. “Bíblias com vários tipos de estética” – referiu. O «livro dos livros» já não aquela obra tradicional de “capa negra ou dourada” mas tem diversas formas, “algumas delas electrónicas” – adiantou. As pessoas não desconhecem o livro enquanto livro mas “o conteúdo dele”. «Dar Voz ao Silêncio» foi a temática central desta actividade ecuménica que ofereceu também um debate sobre “A palavra que rompe o silêncio”, uma vigília de oração sobre “Quebrar o silêncio” e um concerto sobre “A voz dos sem Voz”. Num mundo onde o silêncio “mete medo”, estas iniciativas tentaram ajudar os participantes “a escutar e a fazer silêncio” – avança este elemento. “Educar para o silêncio e educar para o romper do silêncio” foram os objectivos. Só assim se “consegue dar voz a quem não a tem” – explicou Simão Silva. Nos finais de 2004, a Sociedade Bíblica Portuguesa promoveu também a iniciativa «Bíblia Manuscrita». Actualmente, os três exemplares e meio escritos pelas mãos dos portugueses “estão a ser preparados e encadernados”. Posteriormente, um exemplar será entregue à Biblioteca Nacional, outro à Biblioteca de Alexandria e o outro fica na Sociedade Bíblica. “O exemplar incompleto irá rodar pelas escolas” – concluiu Simão Silva. Notícias relacionadas • Bíblia Manuscrita

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