Empresários mundiais empenhados na inclusão

Está a decorrer em Lisboa, até amanhã, o Congresso Mundial da União Internacional dos Empresários Cristãos para reflectirem sobre «Fortalecer Empresários e Gestores para servir a humanidade» Formar os empresários e gestores no tratamento da pessoa humana dentro das suas empresas no mundo moderno é o grande objectivo do Congresso Mundial da UNIAPAC (União Internacional dos Empresários Cristãos), a decorrer em Lisboa de 25 a 27 de Maio. Em declarações à Agência ECCLESIA Bruno Bobone, vice-presidente da ACEGE (Associação Cristã de Empresários e Gestores) realçou que “pretendemos ver como na prática conseguimos trazer para dentro das empresas esta preocupação e como podemos divulgar mais e ensinar melhor as formas de aplicar o tema central do congresso: «Fortalecer Empresários e Gestores para servir a humanidade»”. Não é um evento de Doutrina Social da Igreja (DSI) mas está baseado na DSI visto que “pretendemos aplicar estes valores à vida empresarial, dos negócios e mercados” – disse. Com cerca de quinhentos empresários de todo o mundo, este congresso trouxe a Portugal directores de grande empresas a nível mundial. “O impacto é muito grande” – realçou Bruno Bobone. Esta afluência demonstra que existe uma preocupação dos empresários em alterar o rumo dos acontecimentos. Uma iniciativa que recebeu a presença do Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, que mostrou a sua satisfação pelas motivações destes empresários. “Elogiou a nossa preocupação na inclusão das pessoas excluídas no circuito económico” – esclareceu o vice-presidente da ACEGE. Foi o reavivar da memória aos empresários visto que o Presidente da República falou neste assunto no discurso do 25 de Abril. “O problema é claro mas existem países com mais dificuldades nesta matéria que Portugal. É um tema que internacionalmente está a ser discutido” – sublinha Bruno Bobone. Para que este plano de inclusão seja uma realidade “temos de criar fórmulas de inserir os excluídos dentro das empresas e conseguir ocupá-los e dar-lhes formação”. Caminhos para um humanismo empresarial porque apesar do lucro “ser um dos objectivos da empresa não é o principal” – frisou. E acrescenta: “mais do que o lucro está a sustentabilidade das empresas e a vivência dentro das empresas. A razão principal do lucro é pagar os capitais investidos e dar uma ideia da saúde da empresa”. A empresa tem que reconhecer que ao “criar felicidade à sua volta vai conseguir uma rentabilidade superior. A sustentabilidade é uma das mais valias” – disse Recentemente, a ACEGE divulgou um Código de Ética para os empresários. Um documento que tem sido “muito bem aceite” e já serviu de base “ao trabalho de outras associações não cristãs”. Uma demonstração da importância deste código na sociedade portuguesa e que teve honras de ser recebido por Bento XVI. “Quando o entregamos, o Papa deu-nos motivação para continuarmos a lutar por estes princípios e continuássemos a olhar para os mais desfavorecidos” – finalizou.

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