Europa: Juventude Operária Católica «exige compromisso firme» em relação aos refugiados

Lisboa, 21 jun 2018 (Ecclesia) – A Juventude Operária Católica (JOC) Europa afirma que a União Europeia “desempenha um papel central” na situação dos refugiados que procuram abrigo e tem “obrigação de defender e salvaguardar” os seus direitos humanos.

“Exigimos que se comprometam com uma política de asilo e refúgio que proteja os que fogem da guerra ou da perseguição por questões étnicas, religiosas, identidade de género, conflitos de guerra, lê-se no comunicado publicado pelo Dia Mundial do Refugiado.

No documento enviado hoje à Agência EECLESIA, a JOC Europa pede aos políticos que as medidas, já propostas por outras organizações, “sejam implementadas em breve”, por isso, exigem que a União Europeia que “não assine acordos” com países terceiros que não protejam migrantes e refugiados.

Da lista de exigências, oito pontos, consta também o pedido que promovam relações internacionais para “combater as causas das migrações forçadas e respeitar universalmente os direitos humanos”.

A ativação da Diretiva de Proteção Temporária, “atualmente não está a ser aplicada em nenhum país europeu”, é outro dos pedidos, a que se soma a realização de uma reforma do Sistema Europeu Comum de Asilo (SECA) para garantir “todos os direitos dos refugiados”.

A organização considera que a União Europeia “desempenha um papel central”, por isso, tem a “obrigação de defender e salvaguardar” os direitos humanos dos refugiados, bem como fornecer os meios necessários para recebê-los e integrá-los.

“A Europa não está a ser fiel aos valores e princípios sobre os quais os nossos estados democráticos são baseados e estabelecidos e, desta forma, está a atacar as vidas de milhares de seres humanos inocentes”, analisam.

Os jovens cristãos pedem “solidariedade para a mobilização das consciências” porque nenhum ser humano é ilegal, “nem salvar vidas pode ser um crime”.

“Não nos resignamos à nossa sociedade tornando-se ouvidos surdos a um ato de tal magnitude que se torna um genuíno genocídio”, salientam.

A Juventude Operária Católica assinala que a Igreja “precisa de cristãos apaixonados e fiéis ao Evangelho”, sem medo de defender os que sofrem injustiças, “mesmo que isso implique contrariar a política migratória imposta”.

No comunicado onde “exige um compromisso firme com os refugiados”, a JOC Europa recorda que “18 575 migrantes e refugiados” chegaram ao “Velho Continente”, via marítima, nos primeiros 91 dias deste ano, segundo dados da Organização Internacional para as Migrações – OIM, das Nações Unidas, que contabiliza “mais de 500 pessoas” mortos no Mar Mediterrâneo.

Já o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados – ACNUR, no seu relatório anual ‘Global Trends’ contabiliza que 65,6 milhões de pessoas foram deslocadas no final de 2016.

CB/OC

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