Eutanásia: Líderes religiosos entregaram declaração comum ao presidente da República

Cardeal-patriarca apela a investimento nos cuidados paliativos, rejeitando legalização da morte assistida

Foto: Presidência da República

Lisboa, 24 mai 2018 (Ecclesia) – O presidente da República Portuguesa recebeu hoje representantes das várias Religiões signatárias da Declaração inter-religiosa “Cuidar até ao fim com compaixão”, que rejeita a legalização da eutanásia.

D. Manuel Clemente, cardeal-patriarca de Lisboa, que integrou a delegação, disse aos jornalistas que defendeu que Portugal deve seguir o exemplo de “outras sociedades democráticas e evoluídas”, que optaram por desenvolver os cuidados paliativos de forma a “chegar a todos para que possam ter uma base sólida para o futuro”.

“As nossas perspetivas podem ser distintas, como de facto são, mas aqui neste ponto são absolutamente convergentes”, sublinhou.

O mesmo documento inter-religioso foi entregue esta tarde na Assembleia da República.

Responsáveis Católicos, Evangélicos, Judeus, Muçulmanos, Hindus, Ortodoxos, Budistas e Adventistas assinaram no último dia 16 de maio uma declaração conjunta, no momento em que o Parlamento se prepara para discutir quatro Projetos de Lei que pretendem regular e despenalizar a prática da eutanásia em Portugal.

“Em nome da humanidade e do futuro da comunidade humana, causa da religião, sentimo-nos chamados a intervir no presente debate sobre a morte assistida, manifestando a nossa oposição à sua legalização em qualquer das suas formas, seja o suicídio assistido, seja a eutanásia”, pode ler-se no documento.

OC

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