Évora: Igreja de São Francisco apresenta «presépios da Europa» (c/fotos)

Exposição reúne 145 obras de 24 países

Évora, 07 dez 2018 (Ecclesia) – A Igreja de São Francisco, em Évora, acolhe a partir de hoje uma exposição temporária de presépios da coleção Canha da Silva, apresentando 145 obras, correspondentes a 24 países.

“Cada presépio procura traduzir um pouco da vida social dos povos”, referiu à Agência ECCLESIA o general Canha da Silva, colecionador.

Os visitantes são convidados a apreciar as particularidades do presépio provençal francês, do italiano, do famoso presépio napolitano ou dos presépios alemães de hélices, bem como sensibilidades mais contemporâneas, com materiais que vão da prata ao massapão.

A abertura da exposição contou com a presença do Grupo de Cantares de Évora.

Canha da Silva destaca, na coleção, os presépios alemães, “muito vistosos”, quase todos em madeira e porcelana.

O colecionador conta que começou com este projeto em 1971, quando se mudou para Évora, cuja primeira peça era um presépio de altar de Estremoz, de um artesão de referência na altura.

A sua educação católica e o gosto pela arte levaram-no a começar, com a ajuda da sua esposa Fernanda, tendo já reunido mais de 2700 presépios, de todos os continentes, adquiridos em “feiras e viagens”; já em Portugal, há um conhecimento próximo de cada “autor e local de trabalho”

Depois das últimas obras na igreja e convento de São Francisco – conhecido pela Capela dos Ossos -, os presépios encontraram um espaço permanente no último piso do convento, onde os visitantes encontram duas galerias dedicadas ao tema natalício, uma com uma exposição permanente de presépios e outra com uma mostra temporária, este ano dedicada ao continente europeu.

Para o pároco da igreja e do convento de São Francisco, os presépios dão corpo a um Evangelho vivo que é posto à disposição dos visitantes.

O padre Manuel da Silva Ferreira sublinha que “a cultura europeia está impregnada por este mistério de amor de um Deus que se fez criança”, falando ainda do Natal como uma “grande” expressão da religiosidade popular alentejana.

HM/OC

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