Igreja/Cultura: Roberto Carneiro recebeu prémio «Árvore da Vida»

Presidente da Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais destacou paixão pela Educação assente numa «numa prática entusiasta e fecunda»

Fátima, Santarém, 21 jun 2013 (Ecclesia) – Roberto Carneiro recebeu hoje, em Fátima, o ‘Prémio Árvore da Vida-Padre Manuel Antunes’ como pela “aposta inequívoca” do antigo ministro da Educação na pessoa humana, que agradeceu “comovido e emocionado”.

“A verdade é que apesar de toda a minha resistência o júri não se mostrou demovível de tamanha leviandade, pelo que cá estou para aceitar a vontade de quem melhor ordena os misteriosos caminhos que se nos vão apresentando pela vida fora”, disse Roberto Carneiro à Agencia ECCLESIA, a propósito desta distinção.

Ao entregar o prémio, “com grande alegria”, a Roberto Carneiro, o presidente da Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais (CECBCCS), D. Pio Alves, destacou o “académico reputado” a quem se deve “uma importante reflexão sobre métodos e políticas educativas”

O bispo auxiliar do Porto disse que Roberto Carneiro “não é apenas um destacado teórico da educação, mas está envolvido na prática” educativa, como o testemunha a numerosa família, em grande parte presente na entrega deste prémio.

D. Pio Alves sublinhou que a família de Roberto Carneiro “prova bem como a paixão pela Educação” do galardoado “assenta numa prática entusiasta e fecunda”.

Esta é a nona atribuição do ‘Prémio de Cultura Árvore da Vida – Padre Manuel Antunes’, instituído pelo Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura (SNPC) em parceria com a Rádio Renascença.

Em entrevista à Agência ECCLESIA, publicada hoje, o galardoado apresentou-se como “o mais humilde dos servidores da causa da Educação.

“Sou o soldado raso desta coordenação, não sou general nem marechal. É um serviço que se procura fazer, às vezes com muito martírio e sacrifício, mas às vezes com muitas satisfações também”, revela o investigador.

Para Roberto Carneiro, a educação “tecnocratizou-se” ao longo do tempo, fruto do Iluminismo europeu que “elegeu a razão, a ciência e a tecnologia como a verdade absoluta”.

“Ao fim de várias décadas de ensino e investigação universitária chego à conclusão que a verdade absoluta não se encontra só, na ciência e na tecnologia. Há verdade na revelação (para quem tem fé). Há verdade na emoção, nos afetos”, precisa.

Segundo o antigo governante, a sociedade vive uma fase “muito conflituosa”, que coloca “professores contra alunos, velhos contra novos”, e manifesta-se particularmente preocupado com o desemprego, “uma desgraça terrível”.

“Os jovens representam a esperança do país. Houve um investimento deles e dos pais e depois não conseguem arranjar emprego, não conseguem entrar na cidadania da produção. Ninguém é plenamente cidadão, se não entrar na produção”, adverte.

O júri do ‘Prémio Árvore da Vida – Padre Manuel Antunes’ é constituído por D. João Lavrador, vogal da CECBCCS; cónego João Aguiar, presidente do Conselho de Gerência da Rádio Renascença, patrocinadora deste prémio, que se fez representar; António Vaz Pinto S.J., diretor da Revista ‘Brotéria’; Guilherme d’Oliveira Martins, presidente do Centro Nacional de Cultura, que se fez representar; Maria Teresa Dias Furtado, professora da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa; e José Tolentino Mendonça, diretor do SNPC.

O prémio, no valor de 2500 euros, a que se junta a escultura “Árvore da Vida”, concebida por Alberto Carneiro, foi entregue durante a 9.ª Jornada Nacional da Pastoral da Cultura, dedicada ao tema “Culturas Juvenis Emergentes”.

LFS/PR/OC

Notícia atualizada às 11h15

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