Igreja/Património: «Estaleiros de cultura» das Catedrais no Palácio da Ajuda

Nova exposição abre ao público a 28 de junho

Lisboa, 27 jun 2018 (Ecclesia) – O curador da exposição «Na Rota das Catedrais – Construções (D)e Identidades», Marco Daniel Duarte, considera que este evento cultural vai marcar “uma nova maneira de ver o património” das catedrais portuguesas.

As catedrais são “estaleiros de cultura e de manifestações artísticas” ao longo dos séculos, mas talvez não exista a “escala nacional que este património representa”, disse à Agência ECCLESIA Marco Daniel Duarte na inauguração da exposição «Na Rota das Catedrais – Construções (D)e Identidades», que a partir de sexta-feira está patente ao público na Galeria D. Luís do Palácio Nacional da Ajuda (Lisboa).

A mostra vai “contribuir de forma decisiva” para mostrar esse património e “dar-lhe essa leitura nacional”, independentemente dessas catedrais serem mais antigas ou recentes – a evolução das dioceses no mapa português foi diferenciada – mas mostra que essa arte – com funções iguais em todas as catedrais – “tem um sentido único que falta descobrir”, frisa o curador da exposição.

O evento cultural, inaugurado esta terça-feira, vai estar aberto ao público até 30 de setembro na Galeria D. Luís do Palácio Nacional da Ajuda (Lisboa), expondo mais de cem peças de arte das catedrais portuguesas que atravessam o arco da arte antiga até à arte contemporânea.

“Em todas as épocas a Igreja investiu na arte e nas catedrais de forma mais clara”, sublinhou o curador.

A exposição tem patente um “báculo antigo acareado com um báculo da época contemporânea”, um anel de um bispo da idade moderna com um anel de um bispo da época contemporânea”.

Com recurso a uma museografia “atrativa, didática e contemporânea, foi criada uma narrativa que articula a génese e a caraterização específica de cada um dos monumentos, ao mesmo tempo que faz sobressair a notoriedade do conjunto.

O visitante será assim transportado para o específico território onde cada catedral portuguesa se implanta, “numa experiência que envolverá múltiplos elementos informativos, designadamente as componentes gráfica e audiovisual”.

Além da sua abrangência territorial, destaca-se também pela amplitude do período cronológico representado – século VIII AC até ao século XXI – e ainda pela diversidade dos objetos expostos, que vão do mobiliário à ourivesaria, passando pela pintura, matéria têxtil, escultura, peças ligadas à prática litúrgica, livros antigos e partituras musicais.

LFS

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