Igreja/Portugal: Jornada Nacional da Pastoral da Cultura vai debater «condição da mulher na sociedade e na Igreja»

José Carlos Seabra Pereira assume intenção de «agitar as mentes»

Foto: SNPC

Coimbra, 01 jan 2019 (Ecclesia) – O diretor do Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura (SNPC) disse hoje à Agência ECCLESIA que o organismo vai promover a 1 de junho uma jornada sobre a “condição da mulher na sociedade e na Igreja”.

“Repensar a condição da mulher hoje passa, desde logo, por repensar a condição do homem porque correlata da condição do homem, do que está em condições de fazer ou desde logo deixar de possuir, no plano de poder nas relações interpessoais, familiares, nas relações profissionais, políticas, sociais no sentido mais lado”, afirmou José Carlos Seabra Pereira.

O diretor do SNPC explicou que vão ser convidadas pessoas que pareçam “mais adequadas” para “agitar as mentes” na Jornada Nacional da Pastoral da Cultura, em Fátima, não só para “analisar a problemática”, mas sugerir vias de alteração.

“É um grande tema e esperamos umas jornadas muito vivas, sem comodismo mental, sem acomodação, com uma dose de risco. Isso é que é próprio de uma consciência cultural e de uma pastoral da cultura viva”, assinalou sobre a reflexão esperada a 1 de junho.

A jornada nacional do SNPC foi um dos assuntos refletidos pelos responsáveis pela Pastoral da Cultura a nível diocesano, no 12.º Encontro Nacional de Referentes, no último sábado.

José Carlos Seabra Pereira observou que “bastava olhar à volta da mesa” para perceber que “são muito poucas” as mulheres que têm essa responsabilidade de serem referente para a Pastoral da Cultura.

O diretor do SNPC salienta que em “quase todas as dioceses” há mulheres que “estão próximas ou mesmo com intervenção importante” neste setor da pastoral.

A reunião contou com a presença de referentes e representantes das dioceses de Angra, Aveiro, Beja, Braga, Coimbra, Évora, Guarda, Lamego, Lisboa, Setúbal, Vila Real e Viseu, lê-se no sítio online do Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura.

O professor universitário explicou que continuam todos a sentir necessidade de encontrar meios para “potenciar a visibilidade, a difusão e o efeito” do que se faz na Pastoral da Cultura, em Portugal.

“A situação não é tão boa como desejaríamos, mas também não é tão negativa, deficiente como poderia parecer se nos guiássemos às cegas pelo que aparece na comunicação”, observou.

Neste contexto, referiu que, muitas veze, sos meios de comunicação social têm uma “visão redutora ou não têm nenhuma e silenciam” o que se passa pelo país, nesta área.

A primeira nota positiva, desenvolve o entrevistado, é a crescente afluência a encontros, o que representa muito “em termos de sensibilização” para “a importância cimeira da cultura como espaço de evangelização” e também para “a compreensão” de que, nas circunstâncias particulares de cada diocese, “há formas eficazes” de tentar aplicar o princípio geral de “evangelizar a dinâmica cultural no seio da sociedade e evangelizar a sociedade através dessa dinâmica cultural”.

Segundo o diretor do Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura da Igreja Católica, a reunião anual de referentes e representantes é um “estímulo” para uma “consciência mais clara” da situação e ação de cada diocese e verificar “afinidades” e “diferenças” que podem servir como pontos de “sugestão e articulação”.

CB/OC

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