Arcebispo de Braga aborda Dia Mundial dos Pobres que vai ter lugar este domingo
Braga, 16 nov 2018 (Ecclesia) – O arcebispo de Braga dedicou uma nota pastoral ao Dia Mundial dos Pobres, que a Igreja Católica assinala este domingo, para realçar a urgência de não esquecer “os gritos dos pobres” que hoje continuam presentes no meio da sociedade.
“Atualmente damos por descontada a não existência dos pobres ou partimos do pressuposto de que todos já têm resposta para os seus problemas por parte de instituições eclesiais ou instâncias governamentais. Sabemos que não é assim”, frisa D. Jorge Ortiga, em texto publicado no jornal ‘Diário do Minho’.
O arcebispo primaz salienta que “a pobreza continua, de um modo visível ou envergonhado, estampada em muitos rostos humanos”, e que a falta de bens “essenciais para uma vida digna” é uma situação que “deveria inquietar as pessoas e as comunidades”.
No âmbito do Dia Mundial dos Pobres, D. Jorge Ortiga desafia os católicos a unirem esforços na busca de “respostas concretas para estas situações”.
“Importa que as comunidades conheçam todas as formas de pobreza existentes nas paróquias e se estruturem para oferecer respostas concretas, por si ou solicitando às entidades oficiais que cumpram o seu dever de cuidar de todos os cidadãos”, refere o arcebispo de Braga.
A promoção de um diagnóstico à realidade social é um dos pontos fundamentais do Programa Pastoral da arquidiocese minhota para 2018 – 2019, assim como a criação de grupos “semeadores da esperança”, que estejam mais próximos da realidade dos mais carenciados.
D. Jorge Ortiga destaca uma missão que faz parte do âmago de todo o ser cristão, chamado a “comprometer-se na eliminação de todas as desigualdades e injustiças”.
“Que os nossos grupos semeadores da esperança, para além da reflexão da Palavra, vejam a pobreza das paróquias como terreno a trabalhar para uma comunidade onde não existem ricos nem pobres, mas tudo é colocado em comum”, exorta.
Este sábado, pelas 21h30, D. Jorge Ortiga vai presidir a uma vigília de oração no âmbito do Dia Mundial dos Pobres, na igreja de Santa Cruz, durante a qual irá também rezar com um grupo de pessoas em situação de sem-abrigo.
“Rezemos juntos e corramos ao encontro de quem agradecerá a nossa colaboração”, pede o arcebispo bracarense.
JCP