Bispo português espera «partilhar, multiplicar e dinamizar experiência» vivida na Irlanda nas comunidades portuguesas
Dublin, Irlanda, 23 ago 2018 (Ecclesia) – O presidente da Comissão Episcopal Laicado e Família de Portugal disse hoje que se vive um “ambiente muito familiar, de acolhimento” no Encontro Mundial de Famílias, na Irlanda, com pessoas que “têm amor, apreciam e valorizam a família”.
“Esperamos que a experiência que estamos a fazer, a possamos partilhar, multiplicar e dinamizar nas nossas comunidades paroquiais, dioceses e na Igreja no caminho da valorização da importância da família na transmissão da fé, da evangelização e construção da sociedade do futuro”, explicou D. Joaquim Mendes.
Em declarações à Agência ECCLESIA, afirmou que o Encontro Mundial de Famílias “abre horizontes, perspetivas” e destacou que “é expressão visível da Igreja que é família de famílias”, uma iniciativa que “é sinal de esperança e de alegria” onde se vê “a beleza da família”.
“O amor na família é sinal para o mundo e esta experiência do encontro reforça a força da família, o testemunho e o Evangelho da família”, acrescentou, sobre a experiência que também é “eclesial e experiência de várias gerações”.
O prelado realça que tem sido repetida a frase do Papa São João Paulo II «o futuro da humanidade é a família» e a mensagem do encontro para a Europa é “crescei e multiplicai-vos com a força do amor que vem de Deus e que foi testemunhado por Jesus Cristo”.
‘O Evangelho da família, alegria para o mundo’ é o tema da 9.ª edição do Encontro Mundial de Famílias, que começou esta terça-feira e termina domingo, com a presença do Papa Francisco desde o dia anterior.
A Exortação Apostólica pós-sinodal do pontífice argentino ‘Amoris Laetitia’ é a base de reflexão do evento na capital irlandesa, e para o presidente da Comissão Episcopal Laicado e Família é uma “oportunidade de aprofundamento” e de “verificar a receção” do documento de Francisco no testemunho dos casais que “se identificam com o que o Papa escreveu”.
“Um casal testemunhou há pouco que se revê no que o Papa diz, na questão dos conflitos familiares, por exemplo. É muito importante verificar a receção pelas próprias famílias e testemunhada: Como as ilumina, as fortalece, como as ajuda no seu caminho a superar as dificuldades”, partilhou D. Joaquim Mendes sobre um testemunho que tinha assistido.
Desde esta quarta-feira, e até esta sexta-feira, os participantes vivem um congresso com propostas de conferências, testemunhos e painéis com como a violência doméstica, o convívio com diferentes gerações, os desafios digitais, o acolhimento de imigrantes, os desafios da pobreza, vocações e discernimento nas famílias, o cuidado com crianças e adultos desprotegidos, entre muitos outros.
Neste contexto, o bispo auxiliar de Lisboa destacou a importância de ouvirem a “perspetiva da família em várias religiões”, a ideia “muito interessante” que a Igreja família de famílias e também “família para os que não têm família”, como resposta às pessoas em condição de sem-abrigo, aos refugiados”.
O prelado destaca a “boa participação portuguesa” – mais de 90 pessoas, adiantou o Departamento Nacional da Pastoral Familiar – que esta sexta-feira vão ter um encontro na Paróquia de Blackrock, “para rezar juntos e com a comunidade”.
O Papa Francisco vai participar nos dois últimos dias de encontro, nos eventos finais: Festa das Famílias, em Croke Park, este sábado, e no dia seguinte preside à missa de encerramento, também na capital irlandesa, respetivamente 25 e 26 de agosto.
D. Joaquim Mendes espera um momento “forte de encontro, comunhão e festa das famílias” e considera que o encontro na Irlanda é “ocasião de revitalizar” a Igreja e as famílias.
Os Encontros Mundiais das Famílias tiveram início na cidade de Roma, em 1994, por iniciativa do Papa São João Paulo II, repetindo-se a cada três anos; A última edição foi em Filadélfia (EUA) e este domingo é anunciado o local do próximo encontro.
CB