Igreja: Vaticano reage a decisão da justiça australiana sobre o cardeal George Pell

Colaborador do Papa vai ser julgado por alegado caso de abuso sexual

Cidade do Vaticano, 01 mai 2018 (Ecclesia) – O Vaticano reagiu hoje em comunicado à decisão da justiça australiana de levar a julgamento o cardeal George Pell, colaborador do Papa, a julgamento por um alegado caso de abuso sexual.

“A Santa Sé toma nota da decisão emanada da autoridade judicial na Austrália, respeitante a sua eminência o cardeal George Pell”, começa por assinalar a declaração do porta-voz do Vaticano, Greg Burke.

O diretor da sala de imprensa da Santa Sé recorda que, em 2017, o Papa concedeu ao cardeal australiano um período de licença das suas funções, como prefeito da Secretaria para a Economia, para que “pudesse defender-se das acusações”.

“Esta disposição continua em vigor”, pode ler-se.

O cardeal Pell estava presente na audiência desta terça-feira, em Melbourne, e declarou-se inocente.

A juíza Belinda Wallington descartou algumas das acusações, mas alegou a existência de provas suficientes para que o cardeal fosse julgado por júri em pelo menos uma acusação

Membro do C9 (Conselho de Cardeais que auxilia o Papa na reforma da Cúria Romana), o D. George Pell está afastado do Vaticano desde fins de junho de 2017; durante as investigações, já prestou depoimento três vezes.

O responsável pelas Finanças da Santa Sé considera como “falsas” as acusações de abusos sexuais de menores que o vão levar a tribunal, na Austrália.

O antigo arcebispo de Sidney falou aos jornalistas, na sala de imprensa da Santa Sé, após ter sido intimado a comparecer em tribunal, a 18 de julho de 2017 pelas autoridades do seu país natal.

O cardeal Pell falou num “assassinato de caráter” e revelou ter informado o Papa sobre a evolução das investigações, agradecendo a Francisco por lhe conceder uma “licença” das suas atuais funções, para poder defender-se.

OC

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