Igreja: Vida dos beatos Francisco e Jacinta deve servir de inspiração nos «momentos mais difíceis»

Postuladora para a Causa da Canonização dos Pastorinhos de Fátima deu conferência na Basílica de Mafra

Lisboa, 13 nov 2012 (Ecclesia) – A postuladora para a Causa da Canonização dos Pastorinhos de Fátima considera que o exemplo de vida dos beatos Francisco e Jacinta pode ser particularmente inspirador para a realidade atual que a Igreja atravessa.

“Apesar de todos os sofrimentos e dificuldades, estes dois pequenos aceitaram o desafio proposto pelo Céu – Quereis oferecer-vos a Deus – com convicção, alegria e total entrega à vontade de Deus”, recorda a irmã Ângela Coelho, numa intervenção enviada à Agência ECCLESIA.

Numa época em que os católicos vivem “momentos mais difíceis”, a nível espiritual, económico e social, a história de Francisco e Jacinta mostra que é possível continuar a anunciar a “alegria de acreditar”, salienta aquela responsável.

A religiosa deixou esta mensagem no sábado, durante uma conferência na Basílica de Mafra (Diocese de Lisboa) intitulada “Francisco e Jacinta, Testemunhas Vivas da Fé”.

Durante o evento, a postuladora deu “a conhecer” aos participantes “episódios menos divulgados do quotidiano dos Pastorinhos, assim como acontecimentos extraordinários que ocorreram após a sua morte”.

Entre essas notas, destaque para o facto de “na transladação dos restos mortais de Francisco, o seu corpo ter sido reconhecido pelo terço intacto que estava entrelaçado nos ossos da mão”.

“A propósito do post-mortem da Jacinta, foram apresentadas algumas fotografias que mostravam o corpo incorrupto desta criança, 15 anos após a sua morte”, adianta ainda o texto.

A irmã Ângela Coelho abordou o percurso espiritual dos dois beatos, desmistificando “a ideia de que sempre foram santos”.

“Tanto Jacinta como Francisco tinham um temperamento de teimosia e até de algum egoísmo”, no entanto, como salientou a religiosa, “conseguiram por em prática a mensagem proposta por Nossa Senhora, testemunhando com a própria vida os dois principais mandamentos da Lei de Deus, adorar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmos”.

“Prova disso foi o desejo enorme da Jacinta de rezar e oferecer-se pela conversão dos pecadores e a entrega do Francisco para consolar a Jesus escondido presente no Santíssimo Sacramento do Altar”, concluiu.

De acordo com o testemunho reconhecido pela Igreja Católica das três crianças conhecidas como pastorinhos de Fátima (Lúcia, Francisco e Jacinta), ocorreram seis aparições da Virgem Maria na Cova da Iria e imediações, uma a cada mês, entre maio e outubro de 1917.

Depois de João Paulo II ter presidido à cerimónia de beatificação dos irmãos Francisco e Jacinta Marto, em maio de 2000, está agora a decorrer o processo para a canonização das duas crianças.

JCP

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