JMJ 2019: Diretor do Departamento Nacional da Pastoral Juvenil aponta ao pós-Panamá

Padre Filipe Diniz destaca importância de os jovens «serem testemunhas daquilo que viveram» durante as Jornadas Mundiais, na sua vida diária

Coimbra, 18 jan 2019 (Ecclesia) – O diretor do Departamento Nacional da Pastoral Juvenil (DNPJ) afirmou que a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) proporciona aos participantes uma experiência de fé em “multidão”, que deve depois ser traduzida na vida concreta, após o regresso aos países de origem.

“É importante esta capacidade do jovem, quando faz esta experiência, ser testemunha daquilo que viveu, mas também a oportunidade de, nas suas comunidades paroquias, nos seus movimentos, transmitir a sua fé”, disse o padre Filipe Diniz.

Em declarações à Agência ECCLESIA, o diretor do DNPJ assinala que os encontros mundiais são um momento “importante” que não se esgota em si próprio, pelo que é preciso que a fé “se transmita em cada momento, circunstância”, onde o jovem vive e está inserido.

“É aqui que devemos provocar, no bom sentido, este caminho dos jovens. É importante que exista um trabalho de continuidade, que os jovens tenham oportunidade de criar momentos de jornadas, de encontro, de partilha, de sentir o desafio desde Deus”, desenvolveu o sacerdote da Diocese de Coimbra.

O padre Filipe Diniz explica que a oportunidade de fazer a experiência de participar numa JMJ “é sempre muito desafiante”.

A JMJ 2019 vai começar na terça-feira, decorrendo pela primeira vez num país da América Central, o Panamá, por decisão do Papa Francisco, que acompanha os jovens a entre 24 e 27 de janeiro.

“Vamos viver uma jornada olhando para este Papa, que é alguém tão sincero, verdadeiro e entusiasta, que é sempre uma mais-valia com os seus ensinamentos e certamente nos vai transmitir palavras, sentimentos e desafios para a área juvenil para o nosso país”, realçou o responsável português.

Segundo dados divulgados pelo Departamento Nacional da Pastoral Juvenil vão participar 318 portugueses de 12 dioceses e quatro movimentos, incluindo seis bispos e 30 voluntários, que vão ter oportunidade de estar juntos como nas catequeses da manhã.

A delegação vai reunir-se, em particular, no próximo dia 25, para um momento de partilho feito também em contexto de catequese, sobra a presidência de D. Manuel Clemente, cardeal-patriarca de Lisboa, seguida de “um momento de reconciliação”.

Diversas dioceses católicas portuguesas, como Porto, Viseu, Bragança-Miranda, Funchal, Lamego, vão organizar encontros locais, em sintonia com a Jornada Mundial da Juventude no Panamá.

“A oportunidade de viver a JMJ naquele fim-de-semana é muito importante, é recordar e viver a experiência e estarmos ligados. É sempre uma grande aventura e para os jovens que estão cá é sempre uma forma, potencial de uma futura jornada a viver”, acrescenta o padre Filipe Diniz.

Sobre a possibilidade de Portugal receber a próxima Jornada Mundial da Juventude, numa candidatura apresentada pelo Patriarcado de Lisboa, o diretor do DNPJ comenta que esta “é sempre uma atividade que envolve um país, as estruturas”, como está a acontecer no Panamá.

“Aguardamos com expetativa o momento tão simples que é aquele final da Missa do envio e saberemos quem será o país, a diocese que vai receber [a JMJ]”, acrescentou.

A organização da 34.ª Jornada Mundial da Juventude espera 200 mil jovens de 155 países, incluindo mil jovens indígenas dos cinco continentes.

As JMJ 2019 acontecem três meses depois da assembleia do Sínodo dos Bispos dedicada à ‘juventude, discernimento vocacional e fé’ e o diretor do DNPJ salienta que “é preciso estar “sensibilizados e ao dispor para escutar” as novas gerações, como aconteceu no Vaticano.

“Temos de fazer o reconhecimento daquilo que existe e basta olhar para o contexto das realidades paroquiais. Não precisamos de grandes estruturas para a mudança, de causar a manifestação louca de que vamos mudar tudo, mas a preocupação de olhar para a realidade e envolver”, explicou o padre Filipe Diniz.

HM/CB/OC

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