Jornada da Cruz e Ícone da Jornada Mundial da Juventude visitam regiões remotas da Austrália

A cruz e o ícone da Jornada Mundial da Juventude – JMJ – andam num périplo pela Austrália desde o dia 1 de Julho de 2007. A contagem decrescente para o encontro entre os jovens e Bento XVI, assinala 251 dias. A diocese de Wilcannia-Forbes, do tamanho da França, recebeu a cruz e o ícone no dia 29 de Outubro, e ali permaneceu até 6 de Novembro. A região é uma das mais remotas do país, pois fica localizada depois da cadeia montanhosa da costa leste do país, caracterizadas pelo clima desértico e pequenos arbustos. A 5 de Novembro, Wilcannia, cidade com 650 habitantes, recebeu em festa os símbolos que acompanham as JMJ. A cidade, um importante entreposto fluvial para o comércio de lã no final do século XIX, é atravessada pelo Rio Darling, o mais longo da Austrália. A maioria dos seus habitantes é da tribo Barkindji de indígenas. Actualmente está a ser realizado um trabalho de resgate da cultura e da língua desse povo nas escolas da região. As crianças aprendem a língua materno, para além do inglês, perto da natureza, nas proximidades do rio. Denise Gersbach, coordenadora da JMJ08 em Wilcannia-Forbes, ofereceu-se para ajudar a sua diocese na caminhada da Cruz e do Ícone assim que soube da possibilidade da passagem dos símbolos. A coordenadora explicou à Agência Zenit, que viveu “momentos comoventes nesses dias”, relembrando um rapaz numa cadeira de rodas que assistia à passagem da cruz e que pode tocá-la. A primeira vez que o padre Chris Ryan viu a Cruz da JMJ foi em 1992, quando tinha 12 anos e o símbolo, na altura, caminhava pela Austrália a caminho de Manila, nas Filipinas. O sacerdote explica que jamais esperava poder vir a coordenar a jornada da Cruz, “fiquei muito entusiasmado pela oportunidade”. Entrega da Cruz e do Ícone De Wilcannia, os símbolos da fé católica que viajam pela Austrália, foram para a cidade de Broken Hill, local onde fica a catedral da diocese. A cidade de 20 mil habitantes, foi, durante muitos anos, uma terra de grande exploração mineira de prata e zinco. A Cruz e o Ícone de Nossa Senhora foram levados em procissão pelas ruas da cidade. Durante a manhã do dia 6, decorreu a oração das laudes com a comunidade local diante dos sinais da JMJ08 entre esculturas de pedra no topo de uma montanha no meio do deserto. Para a jovem Pialyn Selosa, a presença da cruz ajuda os católicos a ver como Jesus venceu a morte. “É um símbolo muito significativo para a nossa fé cristã”, disse. A Cruz e o Ícone foram entregues depois para a Arquidiocese de Adelaide numa missa celebrada na noite do dia 6. De lá, ela vai passar ainda por outras 14 dioceses antes de chegar a Sydney para acolher os peregrinos e o Papa. História da Cruz e do Ícone A Cruz da Jornada foi entregue pelo Papa João Paulo II aos jovens em 1984, para ser um sinal do amor de Cristo pela humanidade, sendo transportada desde a primeira JMJ em 1985. Em 2003, o Papa entregou aos jovens o Ícone de Maria para acompanhar a cruz. Os símbolos foram já carregados por vários jovens de todo mundo e visitou locais muito significativos, como o Ground Zero, em Nova Yorque, onde ficavam as torres gémeas do World Trade Center, destruídas em 11 de Setembro de 2001, e no Ruanda, local de um dos mais terríveis genocídios da actualidade. Em cada local a cruz levou a mensagem de Cristo de paz, esperança e reconciliação. Cada pessoa que se encontra com a Cruz e o Ícone da Jornada, na Austrália, recebe uma pequena cruz, que será entregue aos peregrinos durante a JMJ08. Essas lembranças são feitas pelos voluntários da Sociedade de São Vicente de Paulo do estado de New South Wales, no sudeste australiano, que até hoje contabilizam cerca de 500 mil cruzes. Mais informações sobre a história da Cruz e do Ícone da Jornada podem ser encontradas no site oficial www.wyd2008.org Com Zenit

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