Media: «Dia aberto» do Grupo Renascença mostra que Rádio continua a ter «um lugar muito especial» no coração das pessoas (C/video)

«É fantástico haver esse envolvimento», realça Aurélio Carlos Moreira, uma das vozes com mais anos de casa

Lisboa, 13 fev 2019 (Ecclesia) – O grupo «Renascença» assinala hoje o Dia Mundial da Rádio com um ‘dia aberto’ ao público em geral, marcado pela confraternização entre profissionais e ouvintes, por espetáculos ao vivo e muita animação para visitantes de todas as idades.

Em entrevista à Agência ECCLESIA, Aurélio Carlos Moreira, uma das vozes com mais anos de casa no Grupo Renascença, atualmente na Rádio SIM, realça a oportunidade de “comemorar” com as pessoas “um dos meios de comunicação mais fortes” e que continua a ter “um lugar muito especial” no coração das pessoas.

“É uma satisfação registar que somos a companhia de muita gente”, salienta este locutor, que destaca o papel cada vez mais importante da Rádio junto das populações mais idosas, e foram muitas as que passaram hoje pelas instalações do grupo Renascença, na Quinta do Bom Pastor, em Lisboa.

“Não calculam a gente solitária que há por esse mundo fora, principalmente no nosso país, pessoas que acompanhamos e que nos mandam mensagens, cartas, telefonemas, dizendo que ocupamos um lugar especial nas suas vidas, porque não têm ninguém junto de si”, aponta Aurélio Moreira, que considera mesmo esse “o segredo da longevidade da rádio”.

O ser um meio que acompanha as pessoas, que entra em diálogo com elas, “através da palavra e da música”.

“A rádio nos últimos anos voltou a ter esse papel principal, que é o papel de comunicação, porque houve uma altura em que ela criou um vazio entre quem apresentava e quem ouvia. Parecia que as pessoas estavam umas de um lado e outras do outro. Hoje não, e é fantástico haver esse envolvimento”, considera Aurélio Moreira.

Um locutor que vai fazer 63 anos de casa no grupo Renascença, mais de 50 aos microfones da Rádio Renascença, e nos anos mais recentes na Rádio SIM.

Proximidade e envolvimento são de facto duas palavras-chave desta quarta-feira, no dia de portas aberta ao público, por parte do grupo Renascença, com todos os profissionais desta casa a mostrarem o seu entusiasmo por poderem contactar com o público e darem a conhecer o trabalho que fazem.

A animação começa logo no exterior, com o acolhimento às pessoas a passar pela música do ‘DJ’ Nélson Cunha.

“Isto é a realização daquilo que fazemos, entre aspas, às escuras todos os dias, porque imaginamos que do outro lado estão pessoas, sabemos que estão, estamos em contacto, mas hoje humanizamos a Rádio de uma maneira muito especial, e eu acho que isso é extremamente importante”, defende o locutor da Mega HITS.

“É esta excitação de termos pessoas que nos vêm ver, que nos ouvem todos os dias, que nos vão dizer o que é que acham do programa. É uma oportunidade única de conhecermos as pessoas que estão do lado de lá”, acrescenta Carla Rocha, que apresenta o programa ‘As Três da Manhã’, das manhãs da Renascença, na companhia de Ana Galvão e de Joana Marques.

Para a locutora, “a Rádio essencialmente é partilha de conversas, de temas que marcam toda a gente”, e é essa a aposta que a Renascença tem procurado manter, de “apresentar conversas que funcionam, que são curtas, que são relevantes, que entretêm”.

Ao longo deste dia, muitas crianças, adolescentes e jovens, grande parte deles integrados em visitas de estudo das respetivas escolas, têm também passado pelos estúdios das diversas rádios que compõem o Grupo Renascença.

“Quis vir conhecer o outro lado da Rádio, e gostei muito de ver como funciona”, resume o jovem Tiago Rodrigues, que veio de perto, de Lisboa.

Os mais novos puderam não só entrar nos estúdios, falar com os locutores, pedir autógrafos, mas também entrar em direto na emissão, como foi o caso do programa da manhã da RFM, com Ana Colaço.

Para esta animadora, a longevidade e o sucesso da Rádio, mesmo junto das novas gerações, reside sobretudo no facto de ser um meio que facilmente se adapta aos diferentes tempos e à evolução tecnológica.

“Acabamos por ir buscar as redes sociais, de usar o youtube, o facebook, o instagram, fazemos a mesma coisa que as pessoas no dia a dia fazem”, frisa a animadora das manhãs da RFM.

“É muito bom sabermos que as pessoas têm este carinho por nós, que estamos tão longe a falar para elas, e que lhes chegamos tão perto e ao coração”, refere o humorista Pedro Fernandes, que integra o programa ‘Café da Manhã’, da RFM.

“Tentamos dar sempre conteúdos novos, frescos, sempre com rubricas novas, criar o fator novidade que prenda as pessoas à rádio. E depois há a parte das redes sociais, que chegou para ficar e não podemos fugir delas nem ficar alheios. E é a partir daí, dessas plataformas, que vamos tentar conquistar novos públicos”, completa o também ator e guionista.

O ‘Open Day’ do grupo Renascença, inserido na comemoração do Dia Mundial da Rádio, está a dar ênfase especial à temática da música, com a presença de vários artistas que se associaram ao evento, através de pequenos concertos mais intimistas para os ouvintes e visitantes.

Esta série de pequenos espetáculos, no auditório da Rádio Renascença, uma das surpresas reservadas para os participantes deste dia aberto, começou com uma atuação de Fernando Daniel, vencedor do ‘The Voice Portugal’.

O cartaz é preenchido ainda com as atuações de artistas como a fadista Mariza, e os grupos Calema e Magano.

JCP

 

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