Páscoa: «Se Cristo nos espera, porque demoramos nós?», perguntou cardeal-patriarca de Lisboa

D. Manuel Clemente disse que cristão é «quem anseia deparar com o Ressuscitado»Lisboa, 02 abr 2018 (Ecclesia) – O cardeal-patriarca de Lisboa afirmou na manhã de Domingo de Páscoa que cristão “é quem anseia deparar com o Ressuscitado” em cada momento da sua vida.

“Que nos falta ou retarda, para vivermos plenamente em Páscoa, procurando e testemunhando a presença do Ressuscitado, como garantidamente se oferece? Para que também dos vazios tumulares deste mundo a sua presença irrompa, tão forte e luminosa como na madrugada daquele primeiro dia. – Se Cristo nos espera, porque demoramos nós?”, desenvolveu D. Manuel Clemente.

O prelado, na Sé de Lisboa, realçou que desde a madrugada da ressurreição o que define cada um como crentes é “a urgência em divisar a presença do Ressuscitado” e ser encontrados por Jesus.

Na homilia do dia de Páscoa, o cardeal-patriarca sublinhou a “urgência de alcançar a Cristo”, que já alcançou a pessoa e ansiou pela chegada daquela hora absoluta em que encontrou cada um “no mais profundo e dramático da condição humana, para salvar de vez”.

“O túmulo vazio que os primeiros discípulos encontraram foi apenas o sinal da presença total com que hoje corresponde à nossa procura”, assinalou.

No início do Tempo Pascal, que começou este domingo, D. Manuel Clemente lembrou, “brevemente, os sinais garantidos da presença do Ressuscitado”, a que se devem acorrer todos os dias.

O primeiro sinal é a Palavra de Cristo “ouvida, meditada e assimilada”, deste decorre o segundo que é a Eucaristia.

Segundo o cardeal-patriarca de Lisboa os outros dois sinais da presença do Ressuscitado é a “oração, especialmente a comunitária” e “a caridade ativa”, que leva ao encontro das necessidades dos outros, e que se encontram no Evangelho de São Mateus.

“Mencionando as fomes que saciámos, as sedes que dessedentámos, os peregrinos que recolhemos, os nus que vestimos, os doentes e presos que visitámos, responde perentoriamente: «Sempre que fizeste isto a um destes irmãos mais pequeninos, a mim mesmo o fizestes» (Mt 25, 40)”, desenvolveu e exemplificou D. Manuel Clemente.

O bispo diocesano referiu que a graça pascal “redunda em procura e missão”, sempre mais urgentes, ou seja, a procura do Ressuscitado “nos sinais mais garantidos da sua presença” e a missão de “os repercutir na vida do mundo”.

“Do pequeno mundo de cada um ao grande mundo de nós todos”, disse o cardeal-patriarca na Sé de Lisboa.

CB

 

Homilia do cardeal-patriarca de Lisboa no Domingo de Páscoa

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