Porto: Igreja assinala 30.º dia do falecimento de D. António Francisco dos Santos

D. António Moiteiro recorda «um homem amigo com qualidades humanas e intelectuais extraordinárias»

Lisboa, 11 out 2017 (Ecclesia) – A Sé do Porto acolhe hoje, a partir das 19h00, a missa do 30.º dia do falecimento de D. António Francisco dos Santos, até então o bispo daquela diocese.

Em entrevista à Educris TV, D. António Moiteiro, bispo de Aveiro que trabalhava com D. António Francisco dos Santos na Comissão Episcopal da Educação Cristã e Doutrina da Fé, recorda “um homem amigo”, com “um coração bondoso, grande, que cultivava como pastor”.

“Essa bondade depois passava para as pessoas. Ele tinha qualidades humanas e intelectuais extraordinárias”, salienta aquele responsável.

Ao longo do seu percurso, os “caminhos” dos dois bispos “cruzaram-se” várias vezes, não só na Comissão Episcopal da Educação Cristã e Doutrina da Fé, D. António Moiteiro como o atual presidente, e D. António Francisco dos Santos como vogal.

Primeiro através da colaboração entre as dioceses de Lamego e da Guarda, que fazem fronteira uma com a outra.

Depois com a ida dos dois prelados para a Arquidiocese de Braga, onde trabalharam como bispos auxiliares.

“Entretanto ele veio para Aveiro e depois quando veio para o Porto, vim eu para Aveiro”, recorda D. António Moiteiro.

O bispo realça o modo como D. António Francisco dos Santos estava “sempre presente” para as pessoas e para as situações, um modo de ser expresso nas coisas mais simples, na “amizade verdadeira”.

Mas isso também significava muitas vezes abdicar de descansar convenientemente.

“Nós tínhamos estado na reunião da Comissão Episcopal oito dias antes da morte dele, e tinha-me telefonado no dia 12 de agosto, que é o dia da minha ordenação episcopal. E eu disse-lhe assim: Olha António, como amigo, tira uns dias de férias. E ele disse-me que não era costume”, revela D. António Moiteiro.

O atual bispo de Aveiro destaca também “um homem de fé”, que “acreditava primeiro na bondade de Deus e depois concretizava-a na vida das outras pessoas”.

“E aqui temos de aprender dele a proximidade, a entrega, o trabalhar esquecendo-se dele mesmo, pensando nos outros”, acrescentou.

Outra caraterística destacada por D. António Moiteiro, acerca do legado de D. António Francisco dos Santos, foi a sua mensagem.

“Nos seus discursos, nos vários campos, ele cultivava uma paixão muito grande pela Igreja e pela evangelização”, apontou o bispo de Aveiro, dando como exemplo uma das últimas intervenções de D. António Francisco dos Santos, em Fátima, em que disse que “queria uma Igreja bela como é bela à família, porque acreditava na beleza da família”.

D. António Francisco dos Santos morreu no dia 11 de setembro aos 69 anos, vítima de um ataque cardíaco, na Casa Episcopal da Diocese do Porto.

“Porque ele amou muito, muito, muito, o seu coração ultrapassou todas as medidas. E D. António deixa-nos muita saudade, mas porque somos homens de fé e acreditamos, também sabemos que ele é nosso intercessor”, frisa D. António Moiteiro.

Antes da celebração da missa do 30.º dia, teve lugar esta manhã a apresentação do “Prémio D. António Francisco”.

Uma iniciativa da Associação Comercial do Porto, da Irmandade dos Clérigos e da Santa Casa da Misericórdia do Porto, que estará em destaque no programa Ecclesia desta quarta-feira, a partir das 15h00 na RTP2.

JCP

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