Portugal: Encontro Mundial de Famílias é «enriquecimento e reflexão» para o futuro

Paróquia irlandesa de Blackrock vai receber encontro de famílias portuguesas, esta sexta-feira

Dublin, Irlanda, 23 ago 2018 (Ecclesia) – O Departamento Nacional da Pastoral Familiar de Portugal adianta que estão inscritas cerca de 90 pessoas no Encontro Mundial de Famílias, que “é fonte de enriquecimento e reflexão em termos futuros”, e que termina este domingo na Irlanda.

“É fonte de enriquecimento e de reflexão em termos futuros para as famílias em Portugal”, afirmou hoje Manuel Marques em declarações à Agência ECCLESIA.

Neste âmbito, exemplificou que tinha assistido a três testemunhos de movimentos familiares que em Portugal são estruturas que “funcionam, organizam e movimentam” mas “ainda são um bocadinho em condomínio fechado” e é preciso “abrirem-se às Igrejas locais, na sua diocese”.

“Há alguma dificuldade, mas é um caminho que se vai fazendo”, disse o coordenador do Departamento Nacional da Pastoral Familiar de Portugal.

Segundo números da organização do evento, a participação lusa no encontro mundial é de “90 e poucas pessoas” e esta sexta-feira vão ter oportunidade de participar num encontro organizado pela Paróquia local de Blackrock, “que se quis associar e fazer partilha com os portugueses”, a partir das 19h00.

No Encontro Mundial de Famílias participam famílias, ou seja, os filhos – crianças e jovens – também estão presentes e têm espaços próprios e programas adequados, por isso, encontram-se “famílias inteiras”, algo que em Portugal “não se sente muito”.

Esse aspeto “muito positivo” é algo que têm de trabalhar a nível nacional “para que nas atividades apareça a família inteira, um agregado que bebe e comunga das mesmas ideias e princípios”.

Ao terceiro dia de encontro, o assistente religioso do departamento nacional das famílias destaca, por agora, a “necessidade de renovar a preparação do matrimónio”, com esquemas um pouco diferentes, e conta que o que o tem “sensibilizado mais” é o acompanhamento dos casais novos, “que é uma necessidade urgente”.

“Esta insistência é significativa e vemos países com coisas interessantes e novas a trabalhar”, referiu o padre Manuel Mendes.

O também pároco de Matosinhos, na Diocese do Porto, sobre temas denominados “fraturantes”, como casais em segunda união, salienta que “seria muito mais interessante acompanhar os casais no tempo da crise”.

“Devíamos ser capazes de conseguir que os casais confiassem na Igreja, nas pessoas que os acompanharam”, comenta o sacerdote.

O Papa Francisco chega à Irlanda para os dois últimos dias de encontro e vai participar na Festa das Famílias em Croke Park, este sábado, e, no dia seguinte, preside à missa de encerramento, também na capital irlandesa, respetivamente 25 e 26 de agosto.

Sónia Silva revelou ansiedade por estar com as famílias todas juntas e com o Papa, manifestando também “expectativa” pelo que o pontífice argentino vai dizer.

“É uma esperança muito grande, vai ser muito bom”, acrescentou a leiga da Diocese do Porto.

O coordenador do Departamento Nacional da Pastoral Familiar de Portugal, Manuel Marques, participa pela primeira vez neste encontro e destaca a sua “riqueza” na “envolvência de culturas, origens” qur têm “uma raiz comum” que os une: “Cristo, a Igreja, a evangelização e lutar pela família evitando que se desagregue”.

Sónia Silva e o seu marido, com 44 anos de Matrimónio também participam pela vez, a entrevistada revela que como casal estão “muito interessados na envolvência das famílias” e consideram que “é uma necessidade partilhar conhecimentos” que possam adquirir na Irlanda.

“Tem sido muito rico tanto nos temas como nas partilhas, nos testemunhos e na vivência, nesta diversidade com tanta gente com os mesmos objetivos”, realçou sobre a 9.ª edição do Encontro Mundial de Famílias que se realiza desde 1994, por iniciativa do Papa São João Paulo II.

CB

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