Coordenador nacional pede maior acolhimento de quem cumpre penas na véspera do Encontro Nacional da Pastoral Penitenciária
Aveiro, 07 fev 2019 (Ecclesia) – O coordenador nacional da pastoral Penitenciária disse hoje que as “comunidades e as dioceses têm de acordar” para a realidade das prisões em Portugal e fazer um trabalho “cristão” de acompanhamento e acolhimento.
“Desta paróquia quem vai sair brevemente? Desta comunidade quem está detido? O que vamos fazer, acompanhá-lo dentro e quando ele sair? Como o vamos acolher na paróquia? Isto é pastoral da Igreja. As comunidades e as dioceses têm de acordar para isto. Há um trabalho enorme a fazer e estão muito alheadas”, afirmou o padre João Gonçalves à Agência ECCLESIA na véspera do XIV Encontro Nacional da Pastoral Penitenciária.
O responsável nacional afirma a “grande” responsabilidade que o sistema prisional tem, mas não exclusiva.
“Cada vez mais as comunidades, concretamente as paróquias, que são o espaço mais próximo de cada pessoa, tem responsabilidade em acolher e acompanhar quem está detido”, sublinha.
O encontro com início esta sexta-feira, em Fátima, convida assistentes espirituais e religiosos, colaboradores e voluntários, e profissionais do setor à partilha de boas práticas com vista a um trabalho
“A passagem de uma prisão tem de ser mesmo de passagem, ninguém tem raízes na prisão. Felizmente não há prisão perpétua em Portugal nem pena de morte, e queremos que no tempo em que a pessoa está detida se recomponha, e faça a passagem de «inferno» para uma ressurreição”, destaca o coordenador nacional.
A reunião acompanha o tema missionário que a Igreja em Portugal escolheu para marcar o ano.
Explica o padre João Gonçalves que deseja que também as pessoas reclusas se sintam “missionárias” umas das outras e que o trabalho que norteia a pastoral penitenciária seja “não apenas assistencialista” mas portadora de “boas notícias”.
LS
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