Roma: Papa Francisco vai visitar «pequena ONU» católica

Comunidade de Santo Egídio assinala 50.º aniversário

Roma, 10 mar 2018 (Ecclesia) – O Papa Francisco vai visitar este domingo a Comunidade de Santo Egídio, em Roma, pelos 50 anos do movimento que se dedica à caridade, à evangelização e à promoção da paz.

A comunidade católica fundada em 1968 manifesta “alegria” com a visita do pontífice este domingo e informa que vai transmitir o encontro em direto, pela internet, a partir das 16h30 locais (menos uma hora em Lisboa).

O Papa vai fazer um discurso para todos os membros de Santo Egídio, na Praça de Santa Maria, em Trastevere, e presidir à celebração da Liturgia da Palavra.

A comunidade foi fundada pelo professor italiano Andrea Riccardi há 50 anos, e à sua frente Francisco vai ter o “povo de Santo Egídio”, ou seja, representantes de diferentes cidades da Itália e do mundo, jovens, pobres, refugiados que comunidade resgatou em corredores humanitários, idosos, crianças das ‘Escolas da Paz’, pessoas com deficiência dos laboratórios de arte e pessoas sem-abrigo.

A instituição aguarda o encontro deste domingo “com gratidão e carinho” e vai transmitir a visita do Papa Francisco em direto pela internet, em nove línguas, onde se inclui o português, no seu site, em www.santegidio.org, na sua página na rede social Facebook em italiano e na TV2000 a partir da 17h00.

Esta não é a primeira vez que o pontífice visita os pobres, os imigrantes e as pessoas da comunidade católica; em 2014, a 15 junho, esteve no bairro romano e falou, por exemplo, de uma Europa “cansada”.

A “pequena ONU do Trastevere” que se dedica à caridade, à evangelização e à promoção da paz é uma organização não-governamental (ONG) que agrega cerca de 60 mil pessoas em mais de 70 países do mundo, incluindo Portugal.

A ONG católica tem reconhecimento da União Europeia e do estatuto ECOSOG por parte da ONU, pelo trabalho em prol dos direitos humanos e da paz, a nível internacional.

A 21 julho 2014, a Comunidade de Santo Egídio recebeu o Prémio Calouste Gulbenkian 2014, pela sua ação em favor da paz no mundo e junto dos mais pobres, da fundação homónima.

No mesmo, por exemplo, as Nações Unidas destacaram o trabalho de mediação realizado pela comunidade no Senegal, para a cessação do conflito armado que há 32 anos opõe o movimento separatista das Forças Democráticas da Casamança (MFDC) ao governo central.

A Comunidade de Santo Egídio é também reconhecida pelo seu papel nas negociações que levaram à assinatura do Acordo Geral de Paz entre Frelimo e Renamo, em Roma, a 04 outubro de 1992, após 16 anos de guerra civil em Moçambique.

CB/OC

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