Síria: Bispos portugueses manifestam «enorme preocupação» perante escalada militar (C/vídeo)

D. Manuel Clemente pede ações que vão «no sentido da paz»

Fátima, 12 abr 2018 (Ecclesia) – O presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) manifestou hoje a “enorme preocupação” o conflito na Síria, num momento em que se sucedem ameaças e denúncias de intervenções militares no país.

“Acompanhamos com uma enorme preocupação, mas isso não são só os bispos portugueses, somos nós todos”, disse D. Manuel Clemente, em conferência de imprensa, no final da Assembleia Plenária que decorreu em Fátima desde segunda-feira.

O cardeal-patriarca de Lisboa considera que ninguém pode ficar indiferente perante a “gravidade de uma situação deste género” e pediu que todos estejam “mobilizados no sentido da paz e não do conflito”.

A CEP, acrescentou, acompanha as posições do Papa e da Santa Sé “no sentido da paz”.

A Organização para a proibição das armas químicas (OPAQ) vai reunir-se na segunda-feira para discutir o presumível ataque químico em Douma, na Síria, anunciou hoje a insitituição com sede em Haia.

No Cairo, o presidente da República Portuguesa, Marcelo Rebelo de Sousa, defendeu num encontro com o seu homólogo egípcio que o diálogo é o caminho para resolver os conflitos no Médio Oriente e o valor dos direitos humanos e da dignidade como “objetivo central” na política.

O Papa condenou no último domingo o ataque com armas químicas que provocou dezenas de mortos na cidade síria de Douma, próxima da capital Damasco.

“Chegam da Síria notícias terríveis, de bombardeamentos com dezenas de vítimas, muitas das quais mulheres e crianças. Notícias de muitas pessoas atingidas por substâncias químicas contidas nas bombas”, disse, no final da Missa a que presidiu na Praça de São Pedro, por ocasião da festa da Divina Misericórdia.

Francisco falou num ato injustificável e pediu os líderes políticos e militares que abandonem as armas e prossigam o caminho da “negociação, a única que pode trazer uma paz que não seja a da morte e a da destruição”.

“Não há guerra boa e guerra má. Nada, nada pode justificar o uso de tais instrumentos de extermínio contra pessoas e populações indefesas”, declarou.

OC

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