Tomar: Santa Casa da Misericórdia desafiada ao trabalho pelo «desenvolvimento integral e bem-estar das pessoas»

D. José Traquina lembrou os critérios do «amor e da verdade» na tomada de posso dos novos órgãos sociais

Foto Arlindo Homem/AE

Tomar, 07 jan 2019 (Ecclesia) – O bispo de Santarém presidiu à tomada de posse dos novos órgãos sociais da Santa Casa da Misericórdia de Tomar (SCMT) e incentivou ao “desenvolvimento de um trabalho por uma grande causa” dedicado às pessoas.

“O desenvolvimento da sociedade supõe o desenvolvimento integral e o bem-estar das pessoas e não apenas um desenvolvimento económico (indiferente ao desenvolvimento social)”, disse D. José Traquina, no discurso enviado à Agência ECCLESIA.

O bispo de Santarém realçou que a Santa Casa da Misericórdia de Tomar “tratará do desenvolvimento e bem-estar das pessoas” tendo presente “os grandes princípios” da pessoa humana, do bem-comum, da solidariedade, da subsidiariedade e a participação.

“Amor e Verdade, são dois valores fundamentais para que alguém se sinta feliz numa casa de família. Também assim acontecerá nos ambientes humanos promovidos pela Santa Casa da Misericórdia”, desenvolveu.

O novo provedor, António Manuel Freitas Alexandre, explicou que nos tempos atuais as IPSS’s e as Misericórdias “continuam a ter um papel muito importante na comunidade”.

“Não como no passado, de substituir ou preencher a lacuna do Estado, na ausência de infraestruturas e meios de ajuda aos mais necessitados, mas agora de complementaridade e pareceria com o Estado”, acrescentou, destacando o envolvimento na Rede Local de Intervenção Social – RLIS.

D. José Traquina também observou que o futuro das Santas Casas da Misericórdia e outras Instituições Sociais “passará por novas e necessárias adaptações” e realçou as “dificuldades económicas a crescerem a par de uma alteração da população” com “mais pessoas idosas, menos capacidade de comparticipação das famílias e o aumento de pessoas estrangeiras”.

“Estamos empenhados, no sentido de criar mais serviços, de modernizar e dar as melhores condições, aos colaboradores e utentes”, disse o provedor da Santa Casa da Misericórdia de Tomar.

No seu discurso, António Manuel Freitas Alexandre lembrou todos os que em 508 anos de história com as suas doações e os que antecederam na gestão “tornaram possível o atual património material” e as “condições para os serviços” que prestam.

O novo provedor, que nos últimos quatro anos foi Mesário, pertence há 30 anos à Irmandade da Misericórdia de Tomar que comemora 509 anos neste ano de 2019.

“Com esperança, de que nos valores da fé, que nos guia, possamos todos em conjunto, órgãos sociais e trabalhadores, não só cumprir as 14 Obras de Misericórdia, mas continuar e entregar, ás futuras gerações, uma Misericórdia, forte e capaz de cumprir junto da comunidade, os objetivos, para que foi criada”, disse o António Manuel Freitas Alexandre.

Porque “é importante a ação de graças”, o bispo de Santarém manifestou “gratidão por todos” que no passado, recente e longínquo, “se dedicaram a esta SCMT” e felicitou os membros empossados nos órgãos sociais pela sua eleição e “pelo sentido de responsabilidade comunitária”.

CB/PR

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