Vaticano: «Igreja não pode, não quer e não deve» criar barreiras a quem procura o perdão – Francisco

Papa recebeu 550 missionários da Misericórdia

Cidade do Vaticano, 10 abr 2018 (Ecclesia) – O Papa Francisco recebeu hoje no Vaticano um grupo de 500 missionários da Misericórdia, sacerdotes dos cinco continentes, no seu segundo encontro mundial, propondo uma Igreja que acolha todos.

“A Igreja não pode, não quer e não deve criar qualquer barreira ou dificuldade que impeça o acesso ao perdão do Pai. O filho pródigo não teve de passar pela alfândega: foi acolhido pelo Pai, sem obstáculos”, disse, no discurso que proferiu na sala régia do Palácio Apostólico.

Os missionários da Misericórdia, com faculdades especiais para perdão de pecados no sacramento da Confissão, foram instituídos pelo Papa por ocasião do último ano santo extraordinário, o Jubileu da Misericórdia, que decorreu entre finais de 2015 e o final de 2016.

“Os missionários da Misericórdia são chamados a ser intérpretes e testemunhas numa comunidade que acolhe todos e sempre, sem qualquer distinção; que apoia quem quer que esteja em necessidade e dificuldade; que vive a comunhão como fonte de vida”, afirmou o Papa.

Francisco explicou que julgou “oportuno” que o mandato destes sacerdotes fosse prolongado, evocando “testemunhos de conversão” que chegaram até si, por causa do serviço destes missionários.

“Temos de reconhecer que a misericórdia de Deus não tem limites”, declarou.

Os missionários da Misericórdia estão reunidos em Roma desde sábado e até esta quarta-feira, num encontro de oração e reflexão promovido pelo Conselho Pontifício para a Nova Evangelização (Santa Sé).

“O nosso apostolado é um apelo a procurar e receber o perdão do Pai”, insistiu o Papa.

Francisco convidou os ministros da Igreja a evitar a tentação de se considerarem “juízes” dos seus “irmãos pecadores”.

“O nosso coração sacerdotal deveria perceber o milagre de uma pessoa que encontrou Deus e que já experimentou a eficácia da sua graça”, sublinhou.

O pontífice pediu confessores de “braços abertos”, acolhedores, atentos aos dramas interiores de cada pessoa.

OC

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