Vaticano: Papa recorda centralidade da ressurreição na fé cristã

Francisco presidiu a Missa de sufrágio por 111 bispos e 10 cardeais, incluindo D. José Policarpo

Cidade do Vaticano, 03 nov 2014 (Ecclesia) – O Papa recordou hoje no Vaticano a centralidade da ressurreição na fé cristã, durante uma Missa em sufrágio pelos 111 bispos e 10 cardeais, incluindo D. José Policarpo, que faleceram nos últimos 12 meses.

“Jesus Cristo crucificado e ressuscitado: se Ele não ressuscitou, a nossa fé é vazia e inconsistente. Mas porque Ele ressuscitou – mais, Ele é a ressurreição -, então a nossa fé esta cheia de verdade e de vida eterna”, declarou, na homilia da celebração perante centenas de pessoas reunidas na Basílica de São Pedro.

A intervenção do Papa centrou-se na “fé na ressurreição”, uma verdade que “fez caminho, com dificuldade, no Antigo Testamento”.

“Toda a divina revelação é fruto do diálogo entre Deus e o seu povo e também a fé na ressurreição está ligada a este diálogo”, precisou.

Francisco admitiu que “não é de admirar” que um “mistério tão grande, tão decisivo, tão sobre-humano” como o da ressurreição tenha exigido um percurso até Jesus Cristo.

“Nele, este mistério não só se revela plenamente mas tem lugar, acontece, torna-se realidade pela primeira vez e definitivamente”, referiu.

O relato dos Evangelhos sobre a morte de Jesus, o túmulo vazio e a ressurreição responde a “uma longa busca do povo de Deus, à busca de cada homem e de toda a humanidade”.

“Cada um de nós é convidado a entrar neste acontecimento: somos chamados a estar em primeiro lugar diante da cruz de Jesus como Maria, como as mulheres, como o centurião; a escutar o grito de Jesus, o seu último suspiro e finalmente o silêncio, esse silêncio que se prolonga por todo o sábado santo”, prosseguiu.

O Papa sustentou que Jesus é “a resposta”, o “fundamento”, não através de um discurso persuasivo, mas na “palavra viva da cruz e da ressurreição”.

Francisco recordou depois os cardeais e bispos falecidos no último ano, pedindo que “possam gozar a alegria da nova Jerusalém”, depois de uma vida de serviço a Deus e à Igreja.

Como é tradição, o Papa tinha visitado este domingo, na comemoração de todos os fiéis defuntos, as grutas da Basílica de São Pedro, para um momento de oração em privado por todos os pontífices ali sepultados.

OC

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